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Manaus, AM, domingo, 17 de novembro de 2024

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Vídeo mostra pai sendo morto cruelmente por policiais rodoviários federais durante abordagem

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O vídeo que registrou a morte de um pai durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal no município de Umbaúba, Sergipe, na última quarta-feira (25), chocou e provocou indignação por parte da família, de moradores de Umbaúba em Sergipe e de internautas de todo Brasil.

Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, casado, pai de um filho de 8 anos, aposentado em virtude da esquizofrenia foi morto com requintes de crueldade por policiais rodoviários federais durante uma abordagem a vítima na BR-101 quando ele pilotava uma motocicleta.

video mostra pai sendo morto cruelmente por policiais

Vídeo mostra pai sendo morto cruelmente por policiais rodoviários federais durante abordagem – Divulgação

Na ocasião os policiais pararam Genivaldo, revistaram ele e encontraram no bolso dele cartelas de medicamentos que o homem tomava para o transtorno mental. Vídeos feitos por testemunhas mostram que, no início da abordagem, os agentes olham a documentação e revistam Genivaldo com as mãos na cabeça, e chegam a xingar o homem que fica incomodado.

Genivaldo ficou nervoso e ficou perguntando dos policiais o que ele tinha feito. Em seguida os agentes tenta imobilizá-lo com as pernas no pescoço, enquanto outro se aproxima armado.

Caído no chão, o homem tem as pernas e as mãos amarradas e é é colocado no porta-malas do carro, com as pernas para fora e o restante do corpo dentro. Nesse momento um dos agentes joga uma bomba de gás dentro do carro e a vítima grita e começa a se debater.

O sobrinho da vítima, Wallison de Jesus, que estava no local e viu toda ação dos agentes da PRF e chegou a explicar que o tio tinha problemas mentais, pediu calma, mas sem sucesso. Pois mesmo com a tentativa de diálogo, os policiais usaram spray de pimenta contra a vítima e o colocaram dentro do porta-malas. “Eles jogaram um tipo de gás dentro da mala, foram para delegacia, mas meu tio estava desacordado. Diante disso, os policiais levaram ele para o hospital, mas já era tarde”, disse o sobrinho da vítima.

Ainda de acordo com Wallison, a abordagem, o socorro e a confirmação da morte aconteceram no período de uma hora.

A Policia Rodoviária Federal emitiu nota informando que durante a condução de Genivaldo até a Delegacia de Polícia Civil de Umbaúba, ele passou mal e foi levado “de imediato” ao Hospital José Nailson Moura, onde foi contestada sua morte.

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A família diz que ele chegou sem vida ao hospital, que afirma ter usado técnicas para reanimá-lo durante o socorro. Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), a morte de Genivaldo foi causada por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda. Outros exames, ainda não concluídos, foram realizados para detalhar a razão da morte.

A origem da fumaça registrada no vídeo da abordagem não foi informada pela PRF. Assim como o sobrinho da vítima e todos que estavam no local e testemunharam a abordagem, afirmam que os policiais jogaram um tipo de gás dentro da mala.

Os policiais não foram identificados pela PRF. Ainda segundo nota, a PRF afirma que Genivaldo “resistiu ativamente a uma abordagem” e que, por este motivo, “foram empregados técnicas de imobilização e instrumentos de menor potencial ofensivo para sua contenção”

Wallison, sobrinho da vítima, contesta a versão de que Genivaldo resistiu à abordagem. “Em nenhum momento ele exibiu força. Inclusive, na hora que foi abordado, ele levantou as mãos e a camisa, e mostrou que não tava com arma nenhuma”, disse.

Segundo a família, a vítima tinha esquizofrenia e tomava remédios controlados há cerca de 20 anos. “Eu não chamo nem de fatalidade. Isso aí foi um crime mesmo, eles agiram com crueldade pra matar mesmo ele”, afirmou a viúva, Maria Fabiana dos Santos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu um procedimento disciplinar para averiguar a conduta dos policiais envolvidos. A polícia não informou se os agentes foram afastados de suas atividades regulares. A família registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade. A Polícia Civil informou que começou a ouvir testemunhas.

A Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe está acompanhando os desdobramentos e disse, em nota que, “tem respeito pelas instituições, mas não compactua com qualquer tipo de violência ou de tortura”.

Atenção ! O vídeo contem cenas muito fortes:

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