Publicado
8 anos atrásno
Por
Jussara Melo
Na noite de domingo (30/10), faleceu aos 84 anos o vice-presidente de jornalismo da Rede Amazônica e um dos fundadores do grupo, Milton Cordeiro. Ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular de Manaus, com um quadro grave de pneumonia.
Natural de Itacoatiara, Milton Cordeiro era viúvo de Maria Edy Cordeiro, que faleceu em 2014. O casal deixou 5 filhos, 10 netos e 5 bisnetos. Dr. Milton e D. Edy, como eram chamados, foram casados durante 55 anos.
A carreira de Milton Cordeiro na Rede Amazônica teve início com o convite dos amigos Phelippe Daou e Joaquim Margarido – que faleceu no dia 5 de outubro de 2016. O trio fundou a Amazônia Publicidade em setembro de 1978, onde “tudo começou”.
Em 1970, os amigos ganharam a concessão para explorar o canal de TV, que recebeu o número 5. A solene inauguração da TV Amazonas ocorreu por volta das 17h30, com o corte da fita simbólica pela Sra. Nazira Chama Daou, fato que relembrou com carinho no prefácio do livro em comemoração às quatro décadas do grupo.
“A Rede Amazônica mostrava opinião a respeito de temas de interesse coletivo. E a resposta do telespectador vinha no dia seguinte por telefone, parabenizando-nos e sugerindo comentar outros assuntos”, relembrou em trecho do livro.
Nos anos 1980, ele ascendeu a direção de jornalismo da Rede Amazônica. Nos anos 2000, Milton Cordeiro assumiu o cargo de vice-presidente de jornalismo da Rede Amazônica.
Empenhado no compromisso de integrar os povos da Amazônia pela comunicação, Milton Cordeiro chegou a se definir certa vez, em depoimento ao grupo que fundou. Em suas palavras, Milton Cordeiro é “um homem de família, um homem temente a Deus, que abraçou uma profissão, que viu seu pai ser um grande redator e que procurou ser igual”.
Milton Cordeiro começou os estudos da infância no Colégio São Geraldo, indo depois para o Colégio Amazonense onde concluiu o Ensino Médio. Orador de turma, ele optou por seguir os estudos universitários no curso de direito.
A faculdade foi concluída em 1963, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). Como bacharel, ele chegou a atuar como delegado de polícia. Foi repórter, redator, secretário e diretor superintendente executivo da empresa Archer Pinto.
Em homenagem aos 80 anos do jornalista, a Rede Amazônica lançou, no dia 29 de novembro de 2012, em Manaus, o Prêmio Milton Cordeiro de Jornalismo. A homenagem e o prêmio foram objetos de segredo para o homenageado e para os convidados presentes na cerimônia. Além de familiares, amigos e colegas de trabalho, também se fizeram presentes autoridades e a imprensa local.
O evento começou com uma homenagem à história do jornalista, que atuou na área da comunicação 57 anos de sua vida. Com lágrima nos olhos, Milton Cordeiro disse nunca se sentir tão grato. “Estou muito feliz. Não esperava um dia receber uma homenagem tão importante. É o coroamento da atividade profissional a qual dediquei a minha vida”, contou à época. Na ocasião, o presidente da Rede Amazônica ressaltou a satisfação em homenagear o amigo, parceiro de profissão e de vida.
O velório ocorre na Funerária Almir Neves, na Rua Monsenhor Coutinho, Centro de Manaus.
Fonte: G1
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