Simplesmente 540 quilos de maconha, que estavam apreendidos, desapareceram de uma delegacia de Buenos Aires, capital da Argentina. A polícia então acusou os ratos da delegacia de “comerem” a droga. As informações são do jornal argentino El Patagónico.
Uma investigação do Ministério de Segurança descobriu que se os ratos tivessem comido tanta droga, eles teriam morrido – Imagem: Divulgação
A desculpa não colou e os policiais estão sendo investigados pelo desaparecimento de toda essa droga.
O sumiço da maconha só foi percebido porque quando a delegacia troca de comandante é necessário assinar uma espécie de inventário com todos os produtos de apreensões judiciais que estão guardados naquela delegacia.
Três comissários, mesmo que delegados na Argentina, estão sendo acusados nesse caso. Emílio Portero dispensou o colega Javier Specia de assinar o “recibo” e o próprio Specia já havia dispensado o comissário Gabriel Schefer de registrar o documento.
Mas Portero percebeu que parte da droga apreendida na delegacia havia sido extraviada e notificou a Divisão de Assuntos Internos da Polícia — que seria como a Corregedoria da Polícia no Brasil — que iniciou as investigações sobre o caso.
O certificado de transferência que Specia tinha assinado marcava que havia 6 mil quilos de maconha guardados na delegacia, mas na realidade só estavam ali 5.460 quilos. Cerca de 540 quilos do entorpecente simplesmente sumiram no ar.
Ou melhor, “tinha sido comido por ratos”! Esse foi o álibi dos comissários.
A investigação promovida pelo Ministério da Segurança argentino, no entanto, derrubou essa hipótese.
Um comunicado no Ministério da Segurança informou que a droga já estava tão seca, pois já estava armazenada por dois anos, que se os ratos tivessem comido tanto narcótico, eles teriam morrido. Nenhum cadáver de rato foi encontrado no local.