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6 anos atrásno
Uma jovem de 19 anos registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil de Porto Alegre na última segunda-feira (8/10), após ser agredida e ter uma suástica (símbolo nazista) marcada no corpo com um canivete. De acordo com a vítima, ela usava uma camiseta de apoio ao movimento #EleNão, em oposição ao candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL), quando foi abordada por três homens.
A mulher desceu de um ônibus e estava a caminho de casa, quando o grupo começou a questioná-la sobre o uso da roupa. Os homens a agrediram com socos e por fim desenharam uma suástica na barriga da vítima utilizando um canivete.
A denúncia foi feita na 1ª Delegacia de Polícia Civil, que informou nesta quarta-feira, 10, que o caso está sendo investigado. Policiais buscam imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os agressores.
A ocorrência repercutiu nas redes sociais após a publicação de uma jornalista de Brasília, que conversou com a vítima e a convenceu a procurar a polícia. “Ela foi agredida, humilhada no meio da rua. E como se não bastasse, dois homens seguraram seus braços, enquanto o terceiro cravava uma suástica na sua costela. Uma suástica”, escreveu Ady Ferrer no Facebook.
O delegado Paulo César Jardim, que investiga o caso, minimizou o caso e disse que se trata de um símbolo budista de amor, paz e harmonia. E questionado se haveria sentido em agredir alguém para marcar um símbolo de amor em seu corpo, o delegado argumentou que não pode descartar nenhuma hipótese.
Procurado, o chefe de Polícia, delegado Emerson Wendt, disse que a orientação é “de que se trata de uma lesão, é uma circunstância grave que deve, merece e precisa ser apurada”.
Questionado sobre os casos recentes de violência de seus apoiadores, o candidato do PSL disse que não tinha o que fazer. “Quem levou a facada fui eu, pô. O cara lá tem uma camisa minha e comete um excesso. O que eu tenho a ver com isso?” E completou: “Não tenho controle sobre milhões e milhões de pessoas que me apoiam”. Os casos de agressões por motivos políticos se espalham pelo Brasil, sendo físicos e verbais.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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