Na tarde da ultima terça-feira (28), o Governo do Amazonas anunciou que não irá renovar contrato com a empresa Umanizzare, que é a terceirizada responsável pela gestão de seis presídios no estado.
No próximo sábado, o contrato de gestão do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) será encerrado afirmou o Governo do Amazonas. No entanto a empresa informou que vai concorrer em novo processo licitatório para permanecer na administração das cadeias.
Foto: Eliana Nascimento/G1
A decisão foi anunciada logo após as 55 mortes em presídios do estado do Amazonas. Em quatro das seis cadeias que a Umanizzare atua, houveram várias mortes de domingo a segunda-feira.
Depois de reunião com o Gabinete de Crise do Sistema Prisional, em entrevista coletiva, Wilson Lima destacou novas providências do Governo do Estado em relação a segurança, como a aquisição de novos equipamentos de inteligência comunicação e, adequações estruturais em presídios e a ampliação da capacitação do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP), em parceria com o Governo Federal por meio da Força de Intervenção Penitenciária (FIP).
“O contrato com a Umanizzare já está se encerrando e já estamos começando o processo de cotação de preço para contratação de outra empresa para administrar o Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim). Desde o início do ano, estamos trabalhando na formatação de uma licitação para que empresas sejam contratadas para a administração do sistema prisional. Isso leva um tempo e há um processo de transição”, afirmou o governador.
Wilson explicou que, durante o tempo do processo licitatório para substituição da empresa, a Umanizzare deve participar da transição – ou seja, a gestora deve permanecer pelos próximos meses até o início do trabalho da sucessora.
O Governador destacou também o apoio do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. “Conversei com o ministro Sérgio Moro, que se colocou à disposição. Inclusive já havia encaminhado, no domingo, uma equipe precursora da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária e hoje estão chegando 20 homens que devem ficar aqui por um prazo de 90 dias. A expectativa é de que até o final dessa semana, 100 homens estejam aqui para ajudar no trabalho do GIP”, ressaltou.
O Governo do Amazonas também solicitou ao Governo Federal a permanência por mais 12 meses, da Força Nacional no Estado. A equipe atuará no reforço da segurança externa das muralhas das unidades prisionais. O ministro Moro, apoiou também a transferência, na terça-feira (28), de nove detentos identificados como mandantes das 55 mortes ocorridas nos presídios em Manaus, entre domingo e segunda-feira. Outros 20 presos também serão transferidos.