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12 anos atrásno
Existem muitas histórias, lendas e mitos em torno do nome da mandioca, quase todas iguais. A lenda que eu escolhi para compartilhar com vocês é esta:
Há muitas luas atrás, em uma determinada tribo indígena do Amazonas, a filha do cacique, uma moça linda e pretendida por todos, ficou grávida. Quando o cacique da tribo soube deste fato, ficou muito assustado e também triste, pois seu maior sonho era ver a sua filha se casando com um forte e ilustre guerreiro.
No entanto, não se sabia quem era o pai, e a índia insistia em dizer que era virgem e pura. Durante a noite, o cacique teve um sonho em que um homem branco aparecia a sua frente e o dizia para que ele não ficasse triste, pois sua filha não o havia enganado e que ela continuava sendo pura. A partir deste dia, o cacique voltou a ser alegre e a tratar bem sua filha.
Algumas luas se passaram e a índia deu a luz a uma linda menina, saudável, porém a menina havia nascido com a pele muito branca e delicada, o que acabava destoando um pouco da cor da pele dos demais da tribo, sendo assim, ainda mais especial e que recebeu o nome de Mani .
Mani era uma criança muito inteligente e alegre, sendo muito querida por todos da tribo. Uma cunhã maravilhosa, comia pouco e pouco bebia.
Um certo dia, em uma manhã ensolarada, Mani não acordou cedo como de costume. Sua mãe, apreensiva, foi acordá-la e a encontrou morta. A índia ficou aflita ao ver sua filha jogada ao chão morta, e no momento de desespero, resolveu enterrá-la dentro da própria maloca. Todos os dias a cova de Mani era regada pelas lágrimas saudosas de sua mãe.
Um dia, quando a mãe de Mani fora até a cova para regá-la novamente com suas lágrimas, percebeu que uma bela planta havia nascido naquele local. Era uma planta totalmente diferente das demais e desconhecida de todos os índios da floresta.
A mãe de Mani começou a cuidar desta plantinha com todo amor e carinho, a plantinha desconhecida crescia depressa, poucas luas se passaram e ela estava alta, com um caule forte que até fazia a terra rachar ao redor. A índia imaginou que sua filha estava voltando à vida e, cheia de esperanças, começou a cavar a terra.
Cavaram um pouco e viram umas raízes grossas e morenas, quase da cor dos curumins (nome que dão aos indiozinhos), mas, sob a casquinha marrom, lá estava a polpa branquinha, quase da cor de Mani. Essa raiz veio a tornar-se o alimento principal de todas as tribos indígenas. Em sua homenagem deram o nome de MANDIOCA, que quer dizer Casa de Mani.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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