A camisinha é um dos métodos contraceptivos mais seguros. Ela, além de impedir a entrada dos espermatozoides na vagina evitando uma gravidez, também evita que secreções íntimas sejam trocadas e, assim, protege contra as DST – doenças sexualmente transmissíveis. No entanto, existe um tipo vírus que pode ser transmitido mesmo com o uso do preservativo.
Considerado uma DST, o HPV – ou Papilomavírus humano – é um grupo com mais de 100 tipos de vírus que pode provocar inflamações nas regiões genitais. Esta inflamação, em alguns casos, pode progredir para o câncer de colo do útero. No entanto, não são todos os tipos que geram o câncer.
De acordo com Angélica Nogueira, oncologista especialista em tumores ginecológicos e presidente do Grupo Eva (Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos), a camisinha masculina não protege completaparcialmente mulheres e homens do HPV. “A infestação do vírus pode se dar pelo contato da pele da região genital externa e essa área não fica isolada pelo preservativo”, explica. – No entanto, mesmo não protegendo completamente do vírus, ela protege o contato com outras DST’s e, por isso, seu uso é de extrema importância.
A camisinha feminina, no entanto, abrange uma maior área da vulva e, por isso, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), é mais eficaz para evitar o contágio se usada desde o começo da relação – antes mesmo da penetração.
Como se proteger do HPV
Segundo a especialista, para prevenir o HPV é importante que as mulheres tomem a vacina o mais cedo possível para reduzir as chances de contágio e façam sempre consultas ginecológicas de rotina. “Os exames preventivos são essenciais para detectar qualquer anormalidade e tratá-la antes do quadro virar uma infecção ou câncer no colo do útero”, alerta.
Alerta: Camisinha não impede contaminação por HPV