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4 anos atrásno
“A Amazônia, bem governada, é nossa embaixadora junto à comunidade mundial. Maltratada, é nosso calcanhar de Aquiles”, afirmou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ao lembrar o Dia da Amazônia e o aniversário da elevação do Amazonas à categoria de Província, neste sábado, 5/9. O prefeito voltou a manifestar sua preocupação com a política de desenvolvimento e ambiental, praticada no Brasil, que se opõe à economia e ao meio ambiente. “É uma visão cega, e se não muda, dificilmente o país será aceito na direção dos órgãos multilaterais e, por consequência, estará à margem das decisões importantes”, afirmou o prefeito.
O Dia da Amazônia foi criado como forma de conscientização para a necessidade de se preservar uma das maiores riquezas da humanidade, com aproximadamente 6,9 milhões de quilômetros quadrados que abrange nove países da América do Sul (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela), com 4.196.943 de quilômetros quadrados no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A data foi escolhida para coincidir com o Dia da Elevação do Amazonas à Categoria de Província, realizada pelo imperador Dom Pedro II, em 1850.
“Infelizmente, o Brasil dá as costas, historicamente, para a importância estratégica da Amazônia e, de forma mais dramática, na gestão do presidente Jair Bolsonaro que, além de ignorar nossas riquezas biogenéticas, nossa imensa riqueza de água doce, a contribuição da floresta em pé, para levar chuvas às outras regiões e nos colocar no topo da cadeia de sequestro de carbono. Ele estimula economias predatórias, como o garimpo e a agroindústria, no seio da floresta e até mesmo em terras indígenas, em total desconexão com a ordem mundial pelo estabelecimento de economias ecologicamente sustentadas”, avaliou Virgílio.
Segundo o prefeito, o Brasil precisa, urgentemente, mudar a sua política ambiental e aprender sobre a importância estratégica da Amazônia, não só para o próprio país, mas para o mundo. “Seus dirigentes têm que mudar esse olhar cego, que se contrapõe à economia e à ecologia. Elas devem caminhar juntas. Economia só progride se acompanhada de práticas ambientais corretas”, reforçou. Arthur garante que, se o país não alterar radicalmente sua política ambiental, estará à margem das grandes decisões mundiais, porque seu passe aos cargos de direção em órgãos multilaterais estará vetado.
Gestão sustentável
Desde o lançamento do programa “Arboriza Manaus”, em 2016, marco da gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto, a capital da Amazônia recebeu quase 40 mil novas mudas de árvores em corredores viários, passeios públicos, praças, parques da juventude, margens de igarapés e outros locais. Além disso, o plantio e a manutenção passaram a ser feitos de forma planejada com equipes de campo diariamente nas ruas. O resultado: menos perdas naturais e redução gradual do vandalismo.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), que gerencia essa ação, em 2016 foram plantadas 14.580 mudas de árvores; em 2017 foram 10.163; em 2018 a quantidade foi de 6.162; e em 2019, um total de 5.041. Até junho deste ano, foram 3.078 novas árvores plantadas, totalizando 39.024 novos indivíduos arbóreos na paisagem da cidade.
Paralelamente ao trabalho de arborização, a Prefeitura de Manaus passou a implementar também ações de paisagismo com a associação de espécies ornamentais em jardins implantados em canteiros, rotatórias e logradouros públicos. Por meio da Comissão Especial de Paisagismo e Urbanismo, presidida pela primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, em 2016 foram plantadas 21.108 mudas ornamentais; em 2017 foram 40.629; em 2018, 73.217, e em 2019, 99.663. Este ano, 14.808 até junho, totalizando 249.426 mudas.
“Além de deixar a cidade mais bonita e mais urbana, esse trabalho da comissão busca despertar o sentimento de pertencimento da população, para que as pessoas passem a cuidar melhor do que, de fato, é delas. Nossa principal missão é despertar a consciência ambiental, sempre com mensagens de preservação, de combate ao vandalismo e à poluição”, finalizou a presidente da comissão, Elisabeth Valeiko Ribeiro.
Sou repórter, comediante Stand Up e apaixonado pelo regionalismo Amazônico. "Onde tiver uma fuleragenzinha, ali eu estarei"