Estão previstos para esta quarta-feira (24) dois depoimentos sobre o caso do menino Henry Borel, de 4 anos, morto no último dia 8, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. A babá da criança e o porteiro do prédio onde a vítima morava com a mãe, Monique Medeiros, e com o padrasto, Jairo Souza Santos Junior, o vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), são aguardados na 16ª DP (Barra da Tijuca) para prestar esclarecimentos.
Nesta última terça-feira (23), a faxineira de Monique, identificada como Rosangela, que teria feito uma faxina no imóvel pouco antes da perícia chegar, prestou depoimento. Os detalhes das declarações ainda não foram divulgados.
O caso
O exame de corpo de delito encontrou sinais de hemorragia na parte frontal, lateral e posterior da cabeça. Além de contusões no rim, pulmão, fígado e lesões no abdômen. O pai da criança, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, estuda pedir a exumação do corpo para que seja feita uma nova perícia mais detalhada. A Polícia agora quer saber se Henry de fato foi agredido antes de morrer, como indicam os peritos ouvidos até agora, ou se sofreu um acidente doméstico, como relatam Monique e Jairo.
Novas denúncias
Uma ex-namorada do vereador Dr. Jairinho prestou depoimento à Polícia durante as investigações. A mulher, que não teve a identidade revelada, teria afirmado que sofreu violência por parte do parlamentar e que ele teria agredido também a filha dela, na época com 4 ou 5 anos.
Veio à tona também que a ex- mulher do vereador, Ana Carolina Ferreira, registrou um boletim de ocorrência em 2014, afirmando ter sido vítima de violência conjugal. Esse inquérito foi arquivado na época porque a vítima não deu prosseguimento a um registro formal.
O advogado do casal comentou sobre os novos depoimentos com a imprensa.
“É fato que objetivamente dado concreto que demonstre qualquer lesão, qualquer conduta tanto do padrasto quanto da mãe, não existe. Nós estamos indo a relacionamentos antigos, talvez daqui a pouco estaremos na adolescência”, afirmou.
O advogado ainda sugeriu que essas novas testemunhas são indicação do pai de Henry, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, motivado por vingança por não aceitar o fim do relacionamento com Monique.