Representante mais experiente do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio, Elisabeth Gomes, de 56 anos, ganhou a medalha de ouro no lançamento de disco, em final realizada na manhã desta segunda-feira, 30, no Estádio Olímpico de Tóquio. Favorita ao pódio na classe F52, para atletas em cadeiras de rodas, a brasileira garantiu a primeira posição logo no primeiro arremesso, alcançando 15,68 m. Nas últimas tentativas, no entanto, ela se superou e bateu o recorde mundial duas vezes, estabelecendo 17,62 m como a maior marca da categoria. Assim, com a vitória da paulista, o Brasil chega ao 99º ouro na história dos Jogos Paralímpicos. “Parece um sonho, mas um sonho que se tornou realidade. Foram cinco anos esperando por esse feito, quando fiquei fora das Paralimpíadas de Rio, por conta de uma reclassificação funcional. E hoje posso comemorar esse feito, que venho galgando com a minha treinadora a cada treino, a cada suor derramado. Essa medalha também são para meus pais, que estão no céu. Esse grande feito é para vocês. Quero agradecer a minha família, que tanto me apoiou, e meus amigos, que não me deixaram para trás”, disse Beth Gomes, em entrevista ao SporTV.
Beth, no entanto, não foi a única brasileira a ganhar uma medalha dourada no sexto dia das Paralimpíadas. Mais cedo, Claudiney Batista, no lançamento de disco na classe F56, venceu a prova com facilidade ao arremessar a 45,59 m, cravando o novo recorde paralímpico. O domínio de Claudiney foi tamanho que outros dois dos seus lançamentos já seriam suficientes para o ouro – ele também lançou o disco para 44,57 m e 44.92 m. “Sempre bate aquela ansiedade para a prova. Eu estava muito bem preparado e graças a Deus deu certo, mais uma vez fui coroado e agora sou bicampeão. Fico feliz pelo trabalho dos últimos cinco anos que foi premiado. Eu estava muito bem preparado, entrei um pouco tenso, preocupado com a arbitragem, mas as coisas acabaram fluindo”, comentou o atleta, também em entrevista ao Grupo Globo.
Fonte: Jovem Pan