O ex-presidente Bolsonaro, atual inelegível, segue prestando contas do dinheiro do povo brasileiro e das movimentações financeiras suspeitas de lavagem de dinheiro, entre elas, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) investiga uma série de transferências suspeitas do ex-presidente para uma Casa Lotérica Jonatan e Felix LTDA, que está em nome do irmão de Bolsonaro, Angelo Guido Bolsonaro.
Seriam 7 pagamentos avaliados em R$ 14.268,04. Bolsonaro não se fez de rogado e mantendo a seriedade que lhe é devida, disse que as movimentações financeiras realizadas por ele e analisadas pelo COAF foi o investimento em apostas.
“A maioria dos depósitos são múltiplos do valor da aposta de 7 números da Mega-Sena. Por duas vezes fiz a quadra nos últimos meses, daí, na contabilidade, os valores não múltiplos”, escreveu Bolsonaro no Twitter.
O que levantou as suspeitas do Coaf é o fato de que a conta utilizada na Casa Lotérica é a mesma na qual o ex-presidente recebeu mais de R$ 17 milhões em doações de seus apoiadores. Segundo as investigações, Bolsonaro dividiu este valor para familiares, e Michele Bolsonaro chegou a receber R$ 56.073,10, valor dividido em 10 transferências bancárias.
Durante o período compreendido entre 1º de janeiro e 4 de julho, foram realizadas transferências financeiras. A investigação aponta que esses valores possivelmente têm relação com a campanha de doações promovida pelos apoiadores do ex-presidente, que ficou inelegível na Justiça Eleitoral.
Bolsonaro também alegou que as despesas para seus familiares ocorreram antes da campanha do Pix, e justificou os pagamentos destinados à Michelle como sendo voltados para “diversas despesas dela, das duas filhas e da casa”.
A COAF é o órgão responsável por comunicar às autoridades indícios de lavagem de dinheiro.
Bolsonaro explica ao Coaf que gastou R$ 14 mil na Mega-Sena / Foto: Marcos Corrêa/PR