Nesta terça-feira (22), o presidente do Brasil até o final do ano, Jair Bolsonaro (PL), reconheceu finalmente a inflação que assola o Brasil e está há mais de 2 dígitos, mas ainda não consegue reconhecer sua culpa na forma como conduz o país. Dessa vez, Bolsonaro disse que a culpa da inflação é dos governadores e da guerra na Ucrânia, que no caso tem sido protagonizada pelo presidente russo Vladmiri Putin e do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que está resistindo bravamente à empreitada russa de destituí-lo e acabar com a soberania da Ucrânia.
Vale ressaltar ainda, que dias antes da guerra iniciar, o presidente brasileiro esteve reunido com Putin em Moscou e chegou a soltar aquela piada de mal gosto que as tropas estavam deixando a fronteira. Bolsonaro alega que o fator decisivo da guerra e a puxada da inflação se dá apenas pelo encarecimento de combustíveis e alimentos.
Ele alegou, no entanto, que “o povo brasileiro é forte” e que, “se Deus quiser, brevemente voltaremos à normalidade”.
As declarações ocorreram durante um evento de visita às obras de construção da Ponte de Xambioá, em Tocantins. No discurso, o chefe do Executivo aproveitou para alfinetar o PT, apontando que “outros que, no passado, se vangloriavam de defender o povo, na verdade, nada fizeram pelos habitantes da região”.
“Temos tudo para mudar o destino do Brasil. Reconheço os problemas que temos enfrentado: inflação dos alimentos, de preços de combustíveis. Consequência daquela política do ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’. É consequência também de outros fatores como a guerra a 10 mil km daqui. Mas o povo brasileiro é forte. Dou, da minha parte, a vida por vocês. Se Deus quiser, brevemente, voltaremos à normalidade”, concluiu.
Foto: Ed Alves/CB