Nesta quarta (25/1) foi divulgado pela organização não governamental (ONG) Transparência Internacional o levantamento que aponta o Brasil ocupando o 79º lugar num ranking sobre a percepção da corrupção no mundo, composto por 176 nações. Os dados são referentes a analise se todo ano de 2016.
O Brasil está entre os que mais perderam posições nos últimos cinco anos de ranking.
De acordo com a ONG, os casos de corrupção que vêm sendo revelados no Brasil, como o investigado na Operação Lava Jato, tiveram influência na piora da percepção em relação ao País. Porém, segundo a Transparência, já são reconhecidos no mundo os esforços do Brasil no combate à corrupção.
Para o representante da Transparência Internacional no Brasil, Bruno Brandão, a situação é normal acontecer quando um país começa a desvendar esses grandes esquemas de corrupção. Ao mesmo tempo, pode ser um sinal de mudança, de que o País começou a confrontar o problema.
O País tem demonstrado que “está levando a sério” o combate à corrupção com os exemplos dados pelo trabalho da força-tarefa da Lava Jato e de outras operações, como a Zelotes e a Acrônimo.
Em 2016, o Brasil ficou com 40 pontos (a escala do índice vai de 0 a 100), empatado com China, Índia e Belarus. Já a Nova Zelândia, que obteve 90 pontos, ficou em primeiro lugar no ranking.
Em 2015, o país somou 38 pontos, o que, indica que a percepção sobre a corrupção no País se manteve estável. De 2015 para 2016 outros países podem ter conseguido um desempenho melhor e, por isso, superaram o Brasil no ranking. Outro fator que pode ajudar a explicar a queda, é a inclusão de oito países no levantamento de 2016.
Ao todo, 69% dos 176 países que aparecem no ranking ficaram com uma pontuação abaixo de 50. Para a entidade, isso mostra como a corrupção no setor público é um fenômeno que se espalha pelo mundo.
Além disso, informou a Transparência Internacional, no ranking de 2016 mais países perderam do que ganharam pontos no quesito “Indicando a necessidade de medidas urgentes”. A ONG também destacou a preocupação com o surgimento de políticos “populistas” na esteira da descrença da população de vários países com o sistema político. Segundo a entidade, a combinação entre a corrupção e a desigualdade social acaba reforçando esse sentimento no povo.
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