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2 meses atrásno
A perita odontolegista Gisleine Medrado, do Instituto Médico Legal (IML) do Amazonas, conquistou o 1º lugar no IV Concurso FotoForense, um prestigiado concurso que reconhece os melhores registros fotográficos realizados durante trabalhos de perícia em todo o Brasil. Gisleine foi a grande vencedora em duas categorias: o Júri Técnico, composto por especialistas na área, e o Voto Popular, realizado através do Instagram. A foto que garantiu o primeiro lugar à perita retrata um candiru, um peixe conhecido como “peixe vampiro”, em um cadáver resgatado no rio Negro, em Manaus.
O candiru é uma espécie de peixe temida pelos banhistas da região amazônica, especialmente por sua fama de invadir orifícios do corpo humano, como a uretra, o ânus e a vagina. Embora raros, esses incidentes geram grande preocupação, e o peixe, que habita exclusivamente as águas da Amazônia, é cercado de mitos e histórias aterrorizantes entre as comunidades locais. A foto premiada de Gisleine capturou um momento singular, onde o candiru foi encontrado parcialmente dentro de um cadáver resgatado do rio Negro, com sua cabeça visível fora da perna da vítima.
Ao ser premiada, Gisleine expressou sua alegria e gratidão pela conquista, destacando a importância de representar a Amazônia em um concurso de alcance nacional. “Quero agradecer a todos que votaram curtindo minha foto! Estou muito feliz, não apenas por ter ganho o prêmio, mas principalmente por ter representado tão bem a nossa amada Amazônia. Obrigada a todos da Comissão organizadora, que com esse concurso conseguiram valorizar o trabalho da perícia criminal”, escreveu a perita em suas redes sociais.
O concurso FotoForense tem como objetivo destacar a relevância do trabalho dos peritos criminais, profissionais que atuam na linha de frente da investigação de crimes, muitas vezes em situações extremas. Essas fotografias documentam não apenas as cenas de crime, mas também os métodos utilizados para solucionar casos complexos e garantir a justiça. A foto de Gisleine, com seu caráter inusitado e impactante, chamou a atenção tanto do público quanto dos especialistas por sua singularidade e pela relevância do cenário amazônico no contexto da perícia.
A Amazônia, rica em biodiversidade, apresenta desafios únicos para os peritos forenses que atuam na região. O caso do candiru, por exemplo, é um dos vários elementos peculiares com os quais esses profissionais se deparam em seu dia a dia. O peixe, que se alimenta do sangue de outros animais, já era famoso entre os moradores da Amazônia e entre cientistas que estudam a fauna local, mas raramente é documentado em situações como a registrada por Gisleine.
O IV Concurso FotoForense trouxe visibilidade não apenas ao trabalho realizado no Amazonas, mas também ao papel fundamental que a perícia criminal desempenha em todo o país. Em um contexto onde o uso de tecnologia e a capacitação dos profissionais são essenciais para a resolução de crimes, a fotografia se torna uma ferramenta valiosa para o registro e a análise das evidências encontradas nas cenas de investigação.
A vitória de Gisleine também reforça o destaque que o estado do Amazonas vem ganhando no cenário nacional da perícia forense. Em uma região onde a natureza exuberante e a vastidão dos rios impõem desafios logísticos e técnicos aos peritos, a qualidade do trabalho desenvolvido pelos profissionais locais tem sido reconhecida e valorizada. O prêmio recebido por Gisleine é um reflexo do comprometimento e da dedicação desses profissionais em fornecer resultados precisos e de alta qualidade nas investigações criminais.
Com a conquista, a perita do IML de Manaus não apenas celebra um feito pessoal, mas também coloca a perícia criminal da Amazônia sob os holofotes. A foto que venceu o concurso chama a atenção para a diversidade de situações com as quais os peritos da região precisam lidar, e destaca a importância da valorização desse trabalho em todo o Brasil.
O candiru, o famoso “peixe vampiro”, já era motivo de preocupação e lendas para os habitantes da Amazônia, mas com o registro feito por Gisleine, ele agora ganhou destaque nacional, representando a complexidade e as peculiaridades do ecossistema amazônico no contexto da perícia criminal.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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