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Manaus, AM, domingo, 22 de dezembro de 2024

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Caso Djidja Cardoso: Justiça nega liberdade a suspeitos no escândalo de tráfico de cetamina em Manaus

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Nesta sexta-feira (26/7) a Justiça do Amazonas aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra a mãe de Djidja Cardoso, Cleusimar Cardoso, Ademar Cardoso (o irmão de Djidja) e Bruno Roberto da Silva (ex-namorado da ex sinhazinha) por tráfico de drogas.

A ex-sinhazinha foi encontrada morta no dia 28 de maio deste ano, em Manaus. A suspeita da polícia suspeita é que a morte foi causada por overdose de cetamina (ou ketamina).

Além de aceitar a denúncia do MP , o juiz Celso de Paula, titular da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes (Vecute). também negou o pedido apresentado pelas defesas de 4 dos suspeitos para relaxamento da prisão.

A audiência de instrução inaugural foi marcada para o dia 4 de setembro deste ano, onde deverão ser ouvidas as testemunhas de acusação, depois as de defesa e, por último, os acusados.

Por conta do grande número de acusados e de testemunhas, a expectativa é que até o encerramento da instrução sejam utilizadas outras datas para a conclusão dessa fase do processo.

Ao todo, são 10 acusados, sendo que quatro respondem ao processo em liberdade e seis estão presos.

Caso Djidja Cardoso

Além da mãe e irmão de Djidja, estão presos funcionários de uma rede de salão de beleza da família, o ex-namorado da empresária, um coach, os donos e funcionários de clínicas veterinárias suspeitas de fornecer a droga para o grupo.

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Na denúncia, o promotor de Justiça André Virgílio Betola Seffair disse que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, estava no núcleo central do esquema de tráfico de entorpecentes.

De acordo com o Ministério Público, o ex-namorado de Djidja Cardoso, Bruno Roberto da Silva, estimulava a mãe da ex-sinhazinha a prosseguir na busca de uma falsa elevação espiritual.

O promotor também denunciou que o irmão de Djidja, Ademar Cardoso, estuprou uma de suas ex-namoradas após aplicar cetamina nela.

Ainda conforme o promotor, Ademar e a mãe impediram que a família de uma outra ex-namorada dele, que também ficou viciada na substância, conseguisse resgatá-la da casa onde ela morava com o indiciado.

Para o promotor, era o treinador Hatus Silveira, que se passava por personal trainer da família, quem intermediava a aquisição das substâncias pelo grupo, junto aos donos da clínica veterinária.

Ainda segundo Seffair, Hatus usava as redes sociais para induzir as pessoas a utilizarem substâncias destrutivas à saúde. Para ele, o coach “não se trata de um traficante comum, mas de uma pessoa peculiarmente perigosa à sociedade”.

Para manter o vício, os denunciados também contaram com a ajuda da gerente da rede de salão de beleza da família, Verônica Seixas, para tentar trocar a razão social dos empreendimentos para inserir atividades de pet shop e tentar facilitar a aquisição das drogas.

Ao total, dez pessoas já foram presas desde quando iniciou a Operação Mandrágora – Imagem: Divulgação

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