Previstos para acontecer nesta segunda-feira (17), os depoimentos dos três réus acusados do assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, foram adiados. O adiamento ocorre após pedido da defesa.
Os três réus – Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima – seriam ouvidos nesta segunda, por videoconferência, em uma sessão da audiência de instrução e julgamento que ocorre em Tabatinga. Os acusados estão em presídios federais. Com a audiência em Tabatinga, a justiça busca definir se os acusados vão a júri popular.
Além do depoimento dos réus, a justiça planejava ouvir três testemunhas de defesa. No entanto, somente duas pessoas chegaram a falar. A defesa dispensou a terceira testemunha.
Amarildo, Jefferson e Oseney da Costa chegaram a aparecer na tela da audiência realizada nesta segunda-feira, mas não foram ouvidos pelo juiz Fabiano Verli, responsável pelas audiências de instrução do caso, nem pelo Ministério Público Federal (MPF-AM).
A defesa alega que precisa ouvir os réus por videoconferência reservada, e pediu o adiamento dos depoimentos à justiça. Com as mudanças, agora, os depoimentos estão marcados para o dia 8 de maio deste ano.
Problemas técnicos
Em meio a problemas técnicos e de internet, nove pessoas, entre testemunhas e informantes, foram ouvidas nos primeiros cinco dias de audiência.
Na audiência de instrução e julgamento, o objetivo é verificar se as provas testemunhais colhidas durante a fase do inquérito policial são robustas ou não para os acusados irem a júri popular.
Os assassinatos de Bruno e Dom expuseram o grave problema da insegurança no Vale do Javari, segunda maior reserva indígena do Brasil.
Imagem: Rede Amazônica