Na manhã desta segunda-feira (15/8), durante coletiva de imprensa realizada na sede do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), na avenida Coronel Teixeira, Zona Centro-Oeste de Manaus, a advogada de defesa, Talita Lindoso, afirmou que com a denúncia do MPE, o caso que estava em segredo de justiça pode vir a público, e a população terá acesso ao autos para tirar as conclusões sobre o assassinato.
Caso Silvanilde : Silvanilde era diretora da 15ª Vara do Trabalho de Manaus
Durante a coletiva, a filha da servidora, Stephanie Veiga, declarou que é julgada nas rede sociais por estar seguindo a vida após a morte da mãe. “As pessoas caem em cima de mim como se eu não tivesse o direito de tentar voltar a viver. As pessoas querem o que? Que eu esteja o tempo todo chorando?“, afirmou Stephanie.
O MPE-AM denunciou Caio Claudino de Souza, de 25 anos, por latrocínio (roubo seguido de morte). O homem é suspeito de ter matado Silvanilde Ferreira, servidora no Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (AM/RR), no dia 21 de maio, a facadas.
De acordo com Boletim de Ocorrência (BO) registrado no 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP), em Manaus, na madrugada do dia 22, o corpo da servidora foi encontrado pela filha da vítima, Stephanie Veiga, ainda na noite do dia 21, um sábado.
Sem vida, Silvanilde estava dentro do apartamento em que morava com a filha, localizado no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus.
À época, Stephanie disse que tinha saído com o namorado, Igor Gabriel Melo e Silva, e afirmou, ainda, que tentou contato com a mãe duas vezes, por volta das 22h do dia 21, sem sucesso.
Stephanie disse que pediu ajuda ao porteiro do condomínio, que informou que ninguém atendia o interfone. O porteiro afirmou à filha de Silvanilde que os veículos estavam todos nas respectivas vagas. De acordo com o BO, a filha decidiu ligar para a mãe depois que recebeu um pedido de socorro pelo celular.
Ainda conforme o boletim, a jovem voltou ao apartamento junto com o namorado e encontrou o corpo da mãe estendido no chão da sala, de bruços sobre uma poça de sangue. O local não tinha sinais de arrombamento e o celular da vítima foi levado.
Dez dias após o assassinato, o suspeito do crime, Caio Claudino de Souza, foi preso e afirmou à polícia que matou a vítima porque queria dinheiro. Ele também alegou que estava sob efeito de drogas.
Caio Claudino trabalhava como vigilante da empresa responsável por fazer a segurança do condomínio onde a Silvanilde foi assassinada a facadas.
Silvanilde era diretora da 15ª Vara do Trabalho de Manaus, que integra a estrutura do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11).
Stephanie Veiga, filha de Silvanilde – Imagem: Reprodução