Quem é professor no Brasil, em geral, tem a realidade financeira de salário baixo, muito trabalho e de dificuldade. Porém há exceções, como os professores da rede municipal de Costa Rica, no Mato Grosso do Sul.
Os docentes estão felizes porque receberam vários bônus neste fim de 2016. Em dezembro, além do 13º, eles ainda viram as contas bancárias engordar com o 14º, 15º, 16º e ainda metade de um 17º. Tudo isso fora o salário do mês, e as férias. Ao todo, foram seis salários em menos de 30 dias.
A prefeitura local tem uma explicação simples para esse “milagre”, e diz que usa o dinheiro do Fundo para a Manutenção e o Desenvolvimento da Educação Básica. Os municípios recebem os recursos do Fundeb com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental.
De acordo com a prefeitura de Costa Rica, esses pagamentos extras foram possíveis porque caiu o número de faltas dos professores e também aqueles em licença médica.
A prefeitura resolveu repassar aos próprios professores o dinheiro que não gasta contratando substitutos. Os próprios professores, que fazem parte do conselho do Fundeb, fiscalizam a verba. Quando um professor pede um atestado falso, o colega é o primeiro a denunciar, porque naquele lugar daquele atestado a prefeitura contrata outro professor.
Segundo a secretária de Educação, o maior resultado aparece na sala de aula. Pois os índices da educação básica estão acima da média nacional. A prova de que faz diferença, na sala de aula, quando o professor trabalha satisfeito e valorizado.
O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb, combina resultados de exames padronizados no país inteiro com informações sobre o rendimento escolar dos estudantes. O último indicador saiu em 2015. A média nacional ficou em 5,5. A de Costa Rica foi 6,3.
Verba extra foi possível porque caiu número de faltas dos professores. Prefeitura repassa aos professores dinheiro que não gasta com substitutos- Imagem de Divulgação