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9 meses atrásno
O Abismo Guy Collet, situado no município de Barcelos, Amazonas, ergue-se como uma maravilha geológica, destacando-se como a caverna mais profunda do mundo esculpida em quartzito. Com seus imponentes 671 metros de profundidade, ostenta o título de maior desnível do Brasil, uma proeza reconhecida e catalogada por pesquisadores da Sociedade Brasileira de Espeleologia (SB) e da ONG Akakor Geographical Exploring durante uma notável expedição à Amazônia.
Batizado como AM-3 pelos intrépidos exploradores da expedição ítalo-brasileira, o Abismo Guy Collet foi revelado ao mundo por meio do periódico Informativo SBE nº92 e oficialmente registrado no Cadastro Nacional de Cavernas do Brasil (CNC), em conformidade com as diretrizes estabelecidas para expedições estrangeiras pela SB. Essa façanha destacou não apenas a grandiosidade da caverna, mas também a importância de preservar e estudar esses ecossistemas subterrâneos, muitas vezes desconhecidos.
A localização remota do Abismo Guy Collet, dentro da Serra do Aracá, contribui para sua aura de mistério e desafio. Esta serra, predominantemente formada por quartzito, assume a forma de uma mesa, um Tepuy, com alturas que podem atingir cerca de 1400 metros em pontos mais elevados.
A Serra do Aracá é um dos lugares mais remotos do Brasil, distante de áreas povoadas e desprovida de vias de acesso convencionais. A logística para alcançar a montanha a partir de Manaus demanda no mínimo três dias de navegação fluvial seguidos por uma caminhada, que, com sorte, pode ser completada em um dia.
A inacessibilidade da região é acentuada pelos rios navegáveis apenas durante os meses de cheia, tornando grande parte do ano impraticável para a navegação.
Uma vez na floresta, a ausência de trilhas bem demarcadas adiciona uma camada de desafio à subida, prolongando a jornada. Além disso, os limites da serra são marcados por imponentes paredões verticais, exigindo habilidade e empenho dos exploradores para encontrar rotas viáveis de ascensão.
A expedição ao Abismo Guy Collet foi uma empreitada de grande envergadura, liderada por uma equipe composta por cinco espeleólogos brasileiros e quatro italianos. Esses intrépidos exploradores representavam diversas especialidades, desde exploração e topografia até documentação fotográfica e geologia.
O objetivo primordial da missão era realizar um levantamento espeleológico na parte alta da montanha, incluindo o mapeamento das cavernas descobertas durante a expedição, e a elaboração de uma topografia detalhada do Abismo Guy Collet, considerado a mais profunda caverna do Brasil.
A jornada exigiu determinação e habilidades variadas, pois a equipe permaneceu por cinco dias no topo da montanha, totalizando 15 dias de expedição.
Esse feito não apenas adicionou uma página ao registro espeleológico do Brasil, mas também realçou a importância de explorar e preservar os ambientes subterrâneos, revelando segredos profundos que ecoam nas entranhas da Terra. O Abismo Guy Collet, em toda a sua grandiosidade e desafio, permanece como um testemunho da vastidão inexplorada da Amazônia e da incansável busca humana pelo desconhecido.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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