Este ano o Boi Caprichoso, campeão do Festival Folclórico de Parintins, trouxe na toada Mothokari, um trecho falando sobre “Os filhos de Omama“.
Na cultura Yanomami, Omama é a entidade criadora de tudo. Embora a cosmologia possa variar de xapono para xapono (comunidades Yanomami), Omama é sempre retratado como o demiurgo, ou deus criador. Os Yanomami acreditam que sua origem está na união de Omama com a filha do monstro aquático Tëpërësiki, o dono das plantas cultivadas. Segundo o site Povos Indígenas do Brasil, a Omama é atribuída a origem das regras sociais e culturais dos Yanomami, assim como a criação dos espíritos auxiliares dos pajés.
Abaixo a toada referida usada para a apresentação do Pajé do Boi Caprichoso.
Uma outra característica, é que Omama também é o responsável pela criação do homem branco, conhecido como napë, que pode ser traduzido livremente como inimigo. De acordo com a tradição Yanomami, após serem criados, os napë foram levados para terras distantes e inférteis por uma grande enchente.
Isso então explicaria, na visão Yanomami, o interesse contínuo dos napë pelas terras Yanomami, que são férteis.
A figura de Omama é central na cosmologia Yanomami, sendo responsável não apenas pela criação dos seres humanos, mas também pelo estabelecimento das normas que regem a sociedade e a cultura Yanomami. Essas normas incluem práticas de cultivo, rituais e a organização social.
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Os espíritos auxiliares dos pajés, criados por Omama, desempenham um papel crucial na vida espiritual e cotidiana dos Yanomami, ajudando os pajés a curar doenças e a proteger a comunidade contra forças malignas.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.