Espia só, no Amazonas é assim… comeu jaraqui não sai mais daqui nem com nojo. O peixe aqui não é delicioso, é gostoso no balde. Ê caroço! Almeno é o que falam pelos quatro cantos do estado. E não falam debalde!
Caboco, no Amazonas é assim… tá morto de brocado e quer comer um sanduíche? então peça um sanduba no capricho. Comeu e não gostou? Putatinga! Vai para casa e faz uma gororoba. Não encheu? Putitanga!
Amazonas, expressão do meu viver
Camarada, no Amazonas é assim… quer ir embora? Capa o gato, pega o beco, bora? Borimbora. Se vai de vez, vai de mala e cuia. Se decide voltar de carro, vai ter que dar o balão. Se quer ficar, faz hora então. Se está livre, está só de bubuia. E por falar em bubuia, banho na beira do rio gostoso mesmo é com cuia. E no futebol, ah, no futebol, banho de cuia. Do contrário, pimba! Banho de cacimba.
Mano, no Amazonas é assim… povo bacana é chibata de touro. Apesar de nossas mazelas, ou melhor, nossas perebas, nós rimos, ou num bom amazonês, nós achamos graça, né não? Coisa de Amazonense.
Márrapá, no Amazonas é assim… se o negócio é sério, eita porra! é dos vera, senão, é dos brinca. Égua, que fuleiragem. Agora eu vi! Mas o povo daqui sabe fazer o caqueado de verdade, estou falando sério, de rocha, não é bacaba não.
Parente, no Amazonas é assim… mulher fácil é piriguete, casa pequena, quitinete, pessoa musculosa, parrudo, coisa boa, porreta, proporções anormais, maceta, chuva forte, pau d’água, coisa boa, paid’égua, tá pra ti? Então te mete!
Meu grande, no Amazonas é assim… faltar a um compromisso é bater fofo o que provavelmente é garantia de um caloroso bate-boca mais tarde com direito a baculejo na carteira, no facebook ou no carro. As mulheres por aqui são desconfiadas que só.
Maninho, no Amazonas é assim… nunca prescreve o mormaço de ar molhado como a dizer: sou este inferno verde, inferno de amar, apedreja-me e ainda terás o meu afago.
Bicho, no Amazonas é assim… um perene abrigo verde tingido de Eldorado para todas as tribos que quando do teu arco a flecha parte, longe de ti o pior castigo.
Enfim, no Amazonas é assim… comeu jaraqui não sai mais daqui.
Autor:
Paulo Medeiros