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O presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, deputado David Almeida (PSB), disse que vai à Brasília, nesta quarta-feira (27), se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli. pedir ao ministro o adiamento do julgamento de um recurso extraordinário, que pode levar a demissão de mais de 17 mil servidores do Estado, do regime suplementar, e a perda do direito de aposentadoria, mesmo todos eles tendo contribuído mais de 30 anos para a previdência.
De acordo com David, o recurso extraordinário emitido pela Aleam e a Procuradoria Geral do Estado do Amazonas (PGE-AM), que está com o relator ministro Celso de Melo, encontra-se na pauta do STF para ser julgado nesta quinta-feira (25). “Na audiência concedida ao Conselheiro vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), Mário Melo, nós vamos pedir o adiamento. Estamos na semana da eleição e esse é o problema que vai agravar, inclusive os efeitos desse julgamento pode retroagir até sobre os aposentados”, disse.
Em 2014, o STF negou recurso da PGE-AM e da Assembleia Legislativa, que tentava mudar a decisão a lei que efetivou, sem concursos, em dezembro de 2000, somente no Poder Executivo, 10.046 servidores temporários. Na época, por unanimidade, a Turma negou provimento aos agravos regimentais, nos termos do voto do relator.
O quadro de servidores suplementares trata daqueles que começaram a trabalhar no Estado entre 1984 e 1988, divididos entre o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Somente do governo do Estado, segundo David são 10.046 funcionários. Na tribuna da Assembleia ele apresentou uma lista com 76 servidores do legislativo, sendo que desse total, 51 são ativos e os demais aposentados.
“Olha a complexidade desse julgamento. Olha o problema que o Amazonas vai enfrentar. Essas pessoas passaram 30 anos contribuindo para o sistema previdenciário estadual. E se perderem o direito se manter como servidores públicos, vão perder até o direito de suas aposentadorias. Olha o problema que nós estamos enfrentando”, comentou David.
O parlamentar observou que nesse momento, todos estão preocupados apenas com eleição do dia 28 e deixando de lado questões essenciais para o Estado. “Eu tenho alertado aqui, que em janeiro, o eleito ou reeleito vai ter que começar a pagar 10% em média o aumento na saúde, segurança, educação e diante de um custo com pessoal que já está abeira do limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal. Estou alertando a todos também que, na quinta-feira (25), logo após o aniversário de Manaus, terá essa audiência no STF que pode mudar a vida de 17 mil famílias. A maioria desses servidores são da Susam e da Seduc”, apontou.
David observou que, o Estado de Minas Gerias vivenciou um problema semelhante, com 73 mil servidores, e no julgamento fizeram uma anulação dos efeitos. “É isso que nós queremos fazer. Adiar. Dar um prazo para que o próximo governador possa aposentar aqueles que já estejam em processo. Que essas pessoas não percam os seus direitos de uma vida servindo ao Estado, contribuindo para previdência. Existem muitas possibilidades de nós podermos trabalhar para que esses servidores não tenham esse prejuízo que está causando transtorno na vida de muita gente”, salientou David.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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