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O vereador David Valente Reis, filho do Secretário Municipal de Limpeza Pública, e ex-deputado Sabá Reis, nem de longe lembra a atuação do pai dele. David Reis é uma figura controversa na política municipal de Manaus e quer voltar a ser presidente da Câmara Municipal de Manaus, porém, ele tem enfrentado oposição tanto entre seus colegas de partido quanto na mídia.
Como ex-presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), sua gestão é lembrada por escândalos financeiros, confrontos políticos e decisões impopulares. Agora, ao buscar novamente a presidência da CMM, Reis tem colhido assinaturas, mas encontra um cenário desfavorável, onde até mesmo aliados do partido AVANTE demonstram desconforto com sua possível liderança.
A administração de Reis na CMM foi caracterizada por várias polêmicas, sendo a proposta de construção de um prédio anexo à Câmara um dos episódios mais emblemáticos. O projeto, orçado em cerca de R$ 32 milhões, teve forte reação contrária de vereadores e do público. Sob críticas de desperdício de recursos, o projeto acabou sendo vetado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), após ações promovidas pelos vereadores Amom Mandel e Rodrigo Guedes, que consideraram o valor exorbitante. Apesar do veto, Reis ainda insiste que a obra era necessária, argumentando que a oposição e a imprensa distorceram os fatos para prejudicar sua imagem pública.
Outro episódio que colocou sua gestão sob os holofotes foi o aluguel de 41 picapes a um custo elevado de R$ 8 mil mensais cada uma. O contrato foi amplamente criticado pela população, e a pressão popular levou à suspensão do processo licitatório. A justificativa de Reis para o aluguel dos veículos foi rebatida pela opinião pública, que questionou a necessidade de tal gasto em um momento de dificuldades econômicas.
A gestão de Reis também foi acusada de superfaturar contratos, especialmente em relação a compras feitas para equipar a CMM. Entre essas aquisições, destaca-se a compra de kits de selfie, que incluíam câmeras e microfones, cujo valor foi considerado excessivo e acabou virando alvo de investigação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM). Esses kits foram criticados não só pelos preços, mas pela relevância questionável para as atividades dos parlamentares, e o caso ganhou repercussão na mídia nacional, manchando ainda mais a imagem de Reis.
Outros contratos suspeitos envolvem a compra de café e açúcar, cujos valores foram considerados acima da média do mercado local. O Ministério Público do Amazonas (MPAM) iniciou uma investigação sobre esses contratos, que chegou a apontar sobrepreço em alguns itens, embora o órgão posteriormente tenha excluído algumas suspeitas.
Outro contrato que levantou dúvidas foi o firmado com a empresa J. C. S. Comércio e Serviços de Energia Solar Ltda., no valor de R$ 5,1 milhões, para a instalação de um sistema de painéis solares na CMM. De acordo com a denúncia que levou o TCE-AM a investigar o caso, a empresa tinha patrimônio de apenas R$ 60 mil e carecia da capacidade técnica para executar o projeto. Isso levantou suspeitas sobre a escolha da empresa para um contrato de valor tão elevado.
Além dos problemas com contratos, Reis também enfrentou críticas ao dobrar a Cota para o Exercício Parlamentar (Ceap), conhecida como “Cotão”, que subiu de R$ 18 mil para mais de R$ 33 mil mensais. Esse reajuste foi aprovado na última sessão plenária de 2021, e Reis nem sequer esteve presente para a votação, deixando a responsabilidade para o vice-presidente da Câmara, Wallace Oliveira. A decisão gerou insatisfação entre os manauaras e foi levada à Justiça, embora o tribunal tenha concluído que o reajuste não prejudicava a população, validando a medida.
As ausências de David Reis nas sessões plenárias também foram recorrentes. Em várias ocasiões, ele foi visto em outras áreas da CMM, mas não comparecia às sessões que deveria presidir, o que gerou críticas de vereadores e da opinião pública, que questionavam seu comprometimento com a função.
Em relação a viagens, a gestão de Reis registrou um aumento no número de deslocamentos de vereadores a outros estados, especialmente entre os meses de março e abril de um determinado ano. Segundo dados de transparência, essas viagens representaram um gasto significativo para os cofres públicos, com diárias que somaram R$ 93.219,20, sendo apenas o valor das diárias, sem incluir gastos com hospedagens e passagens aéreas.
Apesar das críticas e escândalos, Reis destacou algumas realizações de sua gestão, como a criação da Escola do Legislativo, conhecida como Ecolegis, e melhorias na infraestrutura da CMM, mencionando também esforços para uma reorganização administrativa. Contudo, não abordou os pontos negativos que foram determinantes para a resistência atual que ele enfrenta.
O histórico de Reis como presidente da CMM e os escândalos associados à sua gestão criaram uma imagem desgastada, que agora atrapalha sua tentativa de retornar ao cargo.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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