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Três pessoas foram presas pela polícia após a morte de Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Garantido, devido a envolvimento com tráfico de drogas e associação ao tráfico. Djidja foi encontrada morta com cetamina na residência, e a polícia investiga se sua morte está ligada às atividades de um grupo liderado por sua mãe e irmão, chamado “Pai, Mãe e Vida”, que difundia o uso da substância em rituais.
A cetamina, também conhecida como quetamina ou ketamina, é um anestésico utilizado tanto em humanos quanto em animais. Descoberta na década de 1960, a cetamina começou a ser usada recreativamente nos anos 1970 nos Estados Unidos e na década de 1990 se popularizou no Reino Unido, especialmente em clubes noturnos e raves. No Brasil, é conhecida no mercado ilegal como “special k”, “Key”, “Keyla” ou “Keta”.
Inicialmente, a cetamina foi empregada como anestésico e analgésico, com aplicações tanto em humanos quanto em veterinária, onde é usada como tranquilizante de cavalos. Além dessas aplicações, a cetamina tem sido utilizada no tratamento de doenças mentais, especialmente a depressão. Estudos revelaram que a cetamina pode melhorar o humor e aumentar a disposição, sendo uma opção para pacientes com depressão resistente a tratamentos convencionais.
Em 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o cloridrato de escetamina, um derivado da cetamina em forma de spray nasal, para tratar adultos com depressão resistente e transtorno depressivo maior (TDM) com pensamentos ou atos suicidas.
Apesar de seu uso terapêutico, a cetamina apresenta um risco significativo de abuso e dependência. Seu uso deve ser rigorosamente controlado e supervisionado por profissionais médicos em ambientes hospitalares. A ausência de controle pode levar a graves consequências, como demonstrado pelo recente caso do ator Matthew Perry, de “Friends”, que morreu devido aos efeitos agudos da cetamina. Perry estava em terapia de infusão de cetamina para tratar transtornos, mas aparentemente administrou a substância por conta própria, o que resultou em sua morte.
No caso de Djidja Cardoso, a polícia está investigando se sua morte está relacionada com o uso de cetamina nos rituais do grupo “Pai, Mãe e Vida”. A substância encontrada na casa onde Djidja foi encontrada sugere que a cetamina era parte integral das práticas do grupo, que pode ter forçado seu uso nos participantes dos rituais.
A cetamina, apesar de suas aplicações médicas importantes, carrega um risco substancial de abuso e dependência. A situação envolvendo Djidja Cardoso e o grupo “Pai, Mãe, Vida” destaca os perigos do uso descontrolado da substância, mostrando como seu potencial terapêutico pode ser desviado para fins perigosos e ilegais. A investigação da polícia busca esclarecer o papel da cetamina na morte de Djidja e no funcionamento do grupo, ressaltando a necessidade de regulamentação e supervisão no uso de substâncias psicoativas.
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