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Entre a segunda-feira (27/05) e a quarta-feira (29/05), o Instituto Médico Legal (IML) liberou os corpos de 53 dos 55 detentos mortos em quatro unidades prisionais. A diretora do instituto, Sanmya Leite, destacou a atuação dos peritos que trabalharam dia e noite para agilizar o processo de liberação dos corpos para os familiares.
O trabalho da perícia começou assim que os corpos chegaram ao Instituto Médico Legal, com apoio do Instituto de Identificação e do Instituto de Criminalística, todos ligados ao Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC). Ainda na segunda-feira, foram liberados os corpos dos 15 detentos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), no dia anterior.
Na segunda-feira e madrugada de terça-feira (28), foram realizadas as necropsias nos corpos dos 40 detentos mortos no Compaj, Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM 1) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP).
“Foram realizadas as coletas das informações post-mortem, coletas de impressões digitais, de sangue, de fotografia e odontograma”, explicou a diretora do IML, Sanmya Leite. Ainda na terça-feira, foi realizada a busca dos prontuários civis das supostas vítimas e as classificações das informações papiloscópicas (digitais), tanto dos prontuários quanto do que foi coletado nos corpos, para serem confrontados no mesmo dia.
Outra etapa foi a digitalização das coletas e dos prontuários para que fosse realizado o trabalho técnico-científico de confrontação, finalizando a perícia necropapiloscópica. “Esse processo de organização permitiu que praticamente concluíssemos todas as liberações ainda na quarta-feira, em um processo que, dependendo do caso, pode levar semanas”, afirmou Sanmya Leite.
A diretora do IML destacou o trabalho dos servidores do instituto. “Enfatizamos o trabalho dos peritos criminais que realizaram o confronto necropapiloscópico, o trabalho piscossocial que fez o atendimento às famílias, o pessoal do administrativo, que fez o trâmite de documentos, os auxiliares de necropsias que fizeram a remoção de corpos, as auxiliares de enfermagem que auxiliaram na coleta de sangue e nas fotografias, os peritos legistas que realizaram as necropsias nos corpos, as peritas odontolegistas que fizeram as perícias odontológicas, e os peritos criminais que fizeram a identificação dos corpos e a emissão dos laudos para possibilitar a liberação dos corpos”, disse Sanmya Leite.
Os dois corpos ainda não identificados serão submetidos a outras modalidades de identificação, como odontograma ou DNA, uma vez que os familiares não apresentaram a documentação para liberação para a identificação por meio de impressões digitais.
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