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Manaus, AM, Quinta-Feira, 18 de Abril de 2024

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Entenda como identificar os primeiros sinais do Autismo

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Receber o diagnóstico de autismo de um filho é como embarcar rumo a um universo desconhecido. É preciso encontrar a maneira de aterrissar nesse pequeno mundo em que a criança parece estar isolada. O transtorno, uma espécie de pane do desenvolvimento neurológico, costuma ser identificado pelos médicos entre 1 ano e meio e 3 anos, mas especialistas apostam que os próprios pais são capazes de detectar os primeiros sinais a partir dos 8 meses e, assim, buscar ajuda especializada quanto antes.

Entenda como identificar os primeiros sinais do Autismo - Imagem: Divulgação

Entenda como identificar os primeiros sinais do Autismo – Imagem: Divulgação

Pesquisadores da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, descobriram que a chave para esse flagra precoce está na comunicação não verbal. A equipe do professor de psicologia Daniel Messinger observou o modo como o bebê olha para objetos, o jeito como ele pede o que deseja e como reage quando lhe apontam para alguma direção. Pequenos com falhas gestuais nos primeiros meses de vida apresentaram sinais mais evidentes de autismo após os 2 anos e meio de idade.

Observe em casa
“O olhar é extremamente importante para demonstrar o vínculo materno. Enquanto é amamentado, o autista pode não fitar a figura da mãe e ter um olhar perdido”, explica o médico Estevão Vadasz, coordenador do Programa de Transtornos do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo.

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Outro comportamento que pode acender a luz amarela é ele aceitar o colo de qualquer pessoa. “Com 8 meses, a criança costuma estranhar quem não é do seu convívio e até chorar, mostrando que está insatisfeita. Já um autista sente-se igualmente confortável com qualquer um”, lembra o psiquiatra.

O choro quase ininterrupto, uma inquietação constante ou, ao contrário, uma apatia exacerbada também merecem atenção. “Muitas vezes os médicos não observam a relação entre o bebê e as pessoas, porque focam o aspecto orgânico”, aponta Cristina Keiko Inafuku de Merletti, psicóloga da ONG Lugar de Vida, especializada no acompanhamento de autistas. Ela alerta que, quando o autismo é leve, exames eletroencefalográficos, genéticos e de neuroimagem às vezes não acusam alterações significativas. Daí, mais do que nunca, conta a percepção dos pais no dia a dia.

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Vale notar até mesmo se o pequeno se incomoda com o toque, com alguns sons e com certas texturas de alimentos, o que chega a dificultar demais a transição do leite para as comidas sólidas, já que o autista tem os sentidos afetados.

Em casa, nota-se a ausência de fala, uma aparente surdez e os movimentos pendulares estereotipados de tronco, mãos e cabeça. Já os especialistas analisam transtornos de linguagem, de socialização, comportamentos restritos e repetitivos. O espectro autista é diferenciado pelos graus de comprometimento dessas características.

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A doença atinge mais meninos – quatro para cada menina -, e metade dessas crianças tem ainda algum retardo mental. Muitas vezes são diagnosticadas enfermidades associadas, como convulsões, e até epilepsia. Problemas gastrointestinais são igualmente comuns. Como não mostram o que sentem, principalmente a dor, os pais devem ficar de olhos abertos. Crises de ansiedade e até a agressividade também afetam o tratamento. Nesses casos, a medicação para tranquilizar é uma grande aliada, os testes com o hormônio oxitocina, ligado à afetividade, é visto como alternativa por especialistas.

O tratamento
As avaliações são individuais, mas as terapias costumam ser feitas em grupos para estimular a socialização. Englobam o acompanhamento comportamental, o pedagógico e o aprimoramento da comunicação. “E, quanto mais cedo as intervenções forem iniciadas, maiores são os progressos, principalmente nas relações afetivas, nas atividades diárias e motoras”, ressalta Daniel Messinger, líder do estudo americano.

Carolina Ramos Ferreira, coordenadora pedagógica da Associação de Amigos do Autista (AMA), reforça que é importante dar continuidade em casa ao trabalho realizado pelos especialistas. “É preciso incentivar, ensinar a se vestir, a escovar os dentes e a comer sozinho. O excesso de proteção pode fazer com que os pais bloqueiem ainda mais a autonomia dessas crianças e jovens”, alerta.

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Família preparada
Mas o grande desafio é orientar a família. Cristina Keiko, da ONG Lugar de Vida, acha que a mãe e o pai costumam receber a notícia de forma inadequada, quase técnica, e transformam-se em pesquisadores, deixando de perceber as nuances do desenvolvimento infantil. Aliás, muitas entidades oferecem cursos para o aprimoramento dos pais, mas esses espaços especializados são escassos para dar conta da demanda.

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Com um bom acompanhamento e muito amor, o autista pode ficar com menos limitações e até frequentar a escola regular com alguém servindo de apoio. Tudo vai depender do grau da deficiência. Por isso, a observação é fundamental para captar detalhes valiosos que ajudam a entrar nesse mundo tão especial.

Os tipos de Autismo

Autismo clássico

É uma pane neurofisiológica, que cria obstáculos para o processamento cerebral. A sociabilidade é sempre comprometida. Nos casos mais graves, a fala chega a ser afetada. Nos moderados, há uma interação com o mundo, porém mais passiva.

Asperger

Menos grave, tem características semelhantes às do autismo, como o interesse restrito por objetos e problemas de socialização. Atinge sete meninos para cada menina. Mas, no caso, inteligência e memória fora do comum roubam a cena.

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Fonte: Coluna Saúde – M de Mulher

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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