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Alessandro NuñesO uso da arte como finalidade terapêutica foi o ponto chave para a 1ª Exposição Artística dos alunos da Escola Estadual Antonio Encarnação, localizada na zona oeste da capital. Com o intuito de estimular o crescimento individual e ampliar o diálogo acerca da saúde mental, os estudantes da unidade escolar produziram mais de 200 quadros artísticos, todos voltados à arte abstrata.
A iniciativa é executada na unidade escolar junto aos estudantes do Ensino Médio, com idade entre 15 e 18 anos. Além da produção de quadros artísticos, a atividade promoveu ainda diálogos sobre inteligência emocional, prevenção ao suicídio, escrita criativa e outros.
Idealizado pela professora Kinny Derzy, a exposição é fruto do projeto “Arteterapia e arte-educação: o uso da arte abstrata na expressão das emoções”. A iniciativa vem gerando uma série de pontos positivos aos alunos, que expuseram suas obras no período de 30 de novembro a 3 de dezembro.
“Nós buscamos ajudar os nossos jovens por meio da arte, pintura, a liberdade de expressão, a encontrar o equilíbrio emocional. No início, tive que conquistar a confiança dos alunos, foi um trabalho de formiguinha, mas eu percebi que, ao contar a minha experiência, eles se sentiram mais à vontade e abraçaram o nosso projeto”, explicou Derzy.
A gestora da escola, Ione Bezerra, conta que foi disponibilizado um espaço para que os alunos pudessem soltar a criatividade e produzir os seus próprios quadros.
“Nós criamos uma sala na escola onde os alunos se concentram e podem produzir a sua arte, pois, por se tratar de uma arte abstrata, entendemos que é necessário estar num lugar tranquilo, onde eles consigam expressar seus sentimentos, logo, cada quadro artístico tem um significado único”, refletiu.
Superação
A estudante Rebeca Silva, de 16 anos, conta que o projeto de arte a ajudou a superar um momento delicado. “Com a atividade que a professora nos passou, aprendi a abrir minha mente e conseguir perceber coisas que antes não achava ser possível. Então, essa experiência está sendo maravilhosa e vai ficar marcada na minha história para a vida toda”, destacou Rebeca.
O aluno Liam Silva, de 16 anos, conta que a arte o ajudou a enfrentar traumas. “A arteterapia me ajudou a me expressar, a lidar com situações emocionais, e hoje afirmo que vou continuar pintando. Por muitos momentos achei que a arte era muito complicada, mas hoje em dia eu só quero continuar pintando”, finaliza o aluno.
Mais exposições
Ainda durante o evento, outra mostra artística também pôde ser acompanhada. Trata-se da exposição “Coleção de Vanguardas Artísticas”, idealizada pelo professor Manoel Júnior, que enfoca grandes nomes das cinco principais correntes vanguardistas – Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Expressionismo e Surrealismo.
“No Ensino Médio a gente trabalha muito a História da Arte, em particular as vanguardas. Então tendo esse material em mãos, decidi falar com os alunos por meio desse material visual, para que eles pudessem ter a experiência de lidar com vários tipos de artistas vanguardistas. A exposição também tem como propósito debater sobre pontos que são examinados em avaliações externas, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem)”, ressaltou o docente.
Criador de conteúdo, Editor de Vídeos e as vezes comediante Um amante da fotografia e vídeos cômicos Criando a vida dos meus sonhos um dia de cada vez Você não sabe o quanto eu caminhei… Para chegar até aqui…
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