Publicado
4 anos atrásno
Nesta terça-feira (8/12) acompanhamos o início da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Reino Unido. O Brasil não tem plano de imunização e por falha na logística o país pode sofrer falta de insumos para vacina se não agir rápido.
Além da vacina em si, a aplicação das doses requer uma série de outros insumos e ferramentas. Sem eles, não dá nem para iniciar as campanhas, são coisas simples, como: seringa, algodão, caixa térmica, saco plástico, luva descartável, e outras mais complexas, como refrigerador, freezer, sistemas informatizados e logística de distribuição e transporte dos lotes.
Logo, há uma certa apreensão em setores da indústria que fabricam os insumos, como os responsáveis por refrigeradores e seringas. Eles relatam que não receberam qualquer contato do governo federal e ainda não sabem o que precisarão produzir para a atender à demanda que virá nos próximos meses. O grande temor é que os prazos apertados prejudiquem a entrega desses materiais e atrasem o início das campanhas, marcadas provisoriamente para o primeiro trimestre de 2021.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde atesta que esse planejamento está sendo feito, mas isso depende dos imunizantes se saírem bem nos testes clínicos e serem aprovados pela Anvisa.
O comunicado também revela que a pasta “iniciou o processo de aquisição de mais de 300 milhões de seringas e agulhas no mercado nacional e 40 milhões no mercado internacional, com o intuito de apoiar os estados e municípios no desenvolvimento inicial das ações de vacinação. Para a aquisição interna, já foi realizada pesquisa de preços e emissão de nota técnica para elaboração do edital de compra, que será lançado em breve“.
O Ministério da Saúde disse que não há uma data para a publicação do edital que irá determinar valores, prazos, demanda e quem fornecerá as seringas e agulhas que serão usadas para vacinar os mais de 211 milhões de brasileiros nos próximos meses.
Enquanto não se sabe quais vacinas serão compradas pelo Brasil, não dá pra começar a fabricar as seringas. “Precisamos ter essas informações da quantidade e das especificações técnicas, pois isso impacta o ciclo produtivo das empresas“, constata Fernando Silveira Filho, presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed).
O principal medo aqui está no tempo. “Numa situação normal, entre a ordem de compra, a fabricação e a entrega, há um prazo que varia entre 60 e 90 dias. Essa tem sido nossa preocupação há algum tempo”, diz Silveira Filho.
O superintendente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO), Paulo Henrique Fraccaro, afirmou que o setor procurou o poder público em julho para explicar a necessidade de planejamento prévio para a produção dos insumos, que foram requisitados apenas na semana passada, porém ainda sem um edital.
“A corrida nacional e internacional por insumos e equipamentos para o tratamento de pacientes com coronavírus nos últimos meses evidenciou ainda mais a necessidade de um planejamento prévio para que não ocorra desabastecimento interno“, alertou Fraccaro.
Na prática, isso pode significar que, caso o edital do ministério tenha seu processo finalizado ainda em dezembro, a entrega completa das seringas só aconteceria em fevereiro ou março, o que coloca em risco o início da campanha de vacinação contra a covid-19 marcado para o primeiro trimestre de 2021.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
Vacina nonavalente contra HPV pode prevenir até 90% dos casos de câncer de colo de útero
Vacine Já: Mais de 1,3 mil pessoas se vacinaram contra a Covid-19 durante a campanha em supermercados, nesta sexta-feira
Mais de 80% hospitalizados no AM com Covid não tomaram vacina ou não atualizaram doses
Elenco de Pantanal testa positivo para Covid-19 e atores entram em isolamento
Covid-19: Mais de 15 mil crianças são vacinadas neste sábado em Manaus
Vacinação mudou o perfil de internados e mortos pela Covid-19 no Brasil, aponta estudo