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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) atestou que uma nova cepa do coronavírus foi identificada no Amazonas. Segundo o estudo, a variante teria evoluído de uma linhagem viral que circula no estado. Ainda de acordo com as conclusões da investigação científica, a mutação detectada na variante é recente e parece ter surgido entre novembro e dezembro de 2021.
Em nota técnica, a Fiocruz explicou que o microrganismo surgiu “independentemente, durante a evolução da linhagem”. Ou seja, não há relação com os casos brasileiros contaminados pelas novas cepas que foram identificadas em outros continentes. O registro da variante brasileira foi feito inicialmente pelo governo japonês, após identificação de contaminação em quatro turistas do Japão que estiveram no Amazonas no fim de 2020.
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Pressão evolutiva
O comunicado da Fiocruz afirma ainda que o surgimento simultâneo de linhagens diversas em diferentes nações sugere “mudanças seletivas convergentes na evolução de Sars-CoV-2 , devido a similar pressão evolutiva durante o processo de infecção de milhões de pessoas”. Ou seja, o volume de pessoas contaminadas globalmente impacta no aparecimento das mutações.
Ainda não há certeza sobre o potencial de propagação das novas cepas. Segundo a nota da Fiocruz, “se essas mutações conferem alguma vantagem seletiva para a transmissibilidade viral, devemos esperar um aumento da frequência dessas linhagens virais no Brasil e no mundo nos próximos meses”. Os estudos foram realizados no Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD) da Fiocruz Amazônia.
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Aumento dos casos no Amazonas
O pesquisador Felipe Naveca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto, explica que o avanço acentuado dos casos de covid-19 no Amazonas, registrado nas últimas semanas, não deve ser consequência apenas da nova cepa. “Eu não considero que ela seja a única responsável. Primeiro porque a gente não tem certeza se ela está circulando no Amazonas em grande quantidade”, argumentou.
De acordo com o cientista, ainda é preciso aumentar o número de amostras para uma análise mais concreta sobre esse aspecto. Ele lembra também que o cenário sofre impacto de vários fatores. “A gente tem o início da temporada de vírus respiratório no Amazonas, que historicamente acontece em meados de novembro em diante. A gente tem essa situação sazonal, a variante e também a diminuição do distanciamento social”, completa Naveca.
Via : Brasil de Fatos
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