Um dos insetos mais temidos pelos amazonenses é a Aranha Caranguejeira. Elas podem chegar facilmente a 25 cm de envergadura de pernas e várias colorações. Em alguns países da Europa ou Estados Unidos, elas são consideradas “Pets” exóticos.
Ter um exoesqueleto é um ganho evolutivo conquistado com louvor pelos artrópodes. O exoesqueleto é uma estrutura rígida que recobre o corpo desses animais total ou parcialmente, conferindo proteção aos órgãos internos e suporte à musculatura. Conforme o animal vai crescendo ao longo do seu ciclo de vida esta estrutura é trocada. O nome do processo é ecdise ou muda e a estrutura descartada pelo animal é chamada exúvia.
Aranha Caranguejeira
A ecdise pode ocorrer diversas vezes na vida de um animal e quantidade de vezes que acontece varia de espécie para espécie. O mecanismo é desencadeado a partir da atuação de dois hormônios: o ecdisônio, que desempenha a função de estimular as células epiteliais a darem início ao processo de ecdise; e o hormônio inibidor de muda, que, como o próprio nome já elucida, age de forma contrária ao ecdisônio.
Todos os artrópodes passam por este processo para crescerem. Insetos, crustáceos, aracnídeos. O vídeo abaixo mostra o momento em que uma aranha caranguejeira sofre ecdise. A aranha rompe no abdômen e na cabeça, criando uma fenda no exoesqueleto.
Ela demora um bom tempo tentando se livrar da casquinha antiga, deixando para trás a exúvia, uma réplica quase perfeita de si mesmo. Quando termina, podemos ver que a “nova aranha” tem uma coloração diferente, isso porque, a quitina (material de que é feito o exoesqueleto) só se torna firme e amarronzada depois de um tempo em contato com o oxigênio.
O processo dura por volta de 10 horas, mas no vídeo, tudo foi acelerado e pode ser visto em apenas 5 minutos. Divirtam-se!
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.