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Manaus, AM, sexta, 22 de novembro de 2024

Memórias do Amazonas

História de Manaus

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A história de Manaus remonta ao período das grandes explorações por países do velho mundo, que àquela época embrenhavam-se em grandes corridas pela conquista de novas terras.

Em 1540 Francisco Orellana, que vinha do Perú e pretendia chegar à Espanha, navegou em um grande rio que já se chamava Amaru Mayu ou “A Serpente Mãe do Mundo”, que rebatizou como Rio Orellana. Mas, ao ter sua expedição atacada na foz do Nhamundá por uma tribo de mulheres guerreiras, mudou o nome para Rio Amazonas, numa alusão às guerreiras gregas que retiravam um seio para melhor manuseio de arco e flechas.

Uma visão um tanto quanto “sobrenatural”, teria se perpetuado na memória do então explorador espanhol Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola.

Uma visão um tanto quanto “sobrenatural”, teria se perpetuado na memória do então explorador espanhol Francisco Orellana, escrivão da armada espanhola. / Foto : Via Amazônia

Em 1542 a expedição de Orellana chegou ao Oceano Atlântico, e seus relatos despertaram o interesse de espanhóis, ingleses, holandeses e franceses, que chegaram a explorar comercialmente a imensa região e foram expulsos pelos portugueses somente por volta do ano de 1639.

Maquete do Forte São José da BarraPara garantir os seus domínios na região os portugueses criaram em 1669 o Forte de São José do Rio Negro, em torno do qual surgiu um arraial que se chamou Lugar da Barra e deu origem à cidade de Manaus.

Maquete do Forte São José da BarraPara garantir os seus domínios na região os portugueses criaram em 1669 o Forte de São José do Rio Negro, em torno do qual surgiu um arraial que se chamou Lugar da Barra e deu origem à cidade de Manaus.

Toda a região amazônica era governada a partir de Belém, capital da província do Grão-Pará, e como tornou-se impossível administrar uma área tão grande, atender à sua população e manter a paz com os indígenas que resistiam à colonização, criou-se em 3 de março de 1755 a Capitania de São José do Rio Negro.

Em 1833 o Lugar da Barra foi elevado à categoria de Vila e foi chamado de Manaus, que significa “Mãe de Deus”, em homenagem aos valentes índios da tribo Manaós. Em 24 de outubro de 1848 a vila recebeu o título de Cidade da Barra do Rio Negro e, em 04 de setembro de 1856, foi finalmente denominada Cidade de Manaus, tornando-se capital da então Província do Amazonas, que fora criada em 05 de setembro de 1850, desmembrando-se do Grão-Pará, para ocupar totalmente a região e resistir às tentativas de expansão do Perú.

Este é um prospecto (vista de frente) e, constitui-se no único registro visual conhecido, data de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão João André Schwebel, quando por aqui passou, fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos) - o local foi onde teve inicio a cidade Manaus, mostra o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja; com a seta da flexa para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro -, segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro.

Este é um prospecto (vista de frente) e, constitui-se no único registro visual conhecido, data de 7 de Dezembro de 1754, feito pelo engenheiro alemão João André Schwebel, quando por aqui passou, fazendo parte da comitiva do governador e capitão-general Francisco Xavier de Mendonça Furtado, vindos de Belém em direção a Mariuá (Barcelos) – o local foi onde teve inicio a cidade Manaus, mostra o forte e algumas casas de palha ao seu redor, além de uma pequena igreja; com a seta da flexa para a direita (descida das águas) indicando que a cidade fica na margem esquerda do Rio Negro -, segundo os historiadores, ele recebeu várias denominações, foi chamado de Forte de São José da Barra do Rio Negro, Fortim de São José, Forte do Rio Negro, Fortaleza de São José do Rio Negro e Fortaleza do Rio Negro.

Anos depois surgiu um dos mais importantes ciclos econômicos do estado, o Ciclo da Borracha, em uma época em que imigrantes nordestinos fugiam da seca e se instalavam nos seringais com o sonho de enriquecer. A participação de empresas inglesas foi importante para o surgimento de melhorias na cidade de Manaus, como luz elétrica, água encanada e rede de esgotos, o Porto de Manaus, e bondes elétricos, sendo importante acrescentar que, naquela época, muitos desses serviços ainda não existiam no restante do país. Foi um tempo de luxo, em que as famílias abastadas mandavam seus filhos estudarem na Europa e os prédios locais eram construídos com materiais exclusivamente europeus, em estilos art nouveau e neoclássico, com destaque para o famoso Teatro Amazonas, o Mercado Municipal Adolpho Lisboa, o prédio da Alfândega e o Palácio da Justiça, que até hoje são destaques na arquitetura local.

Palácio da Justiça Antigamente em 1920

Palácio da Justiça Antigamente em 1920

A concorrência dos seringais da Malásia fez com que, por meio século, Manaus sofresse com o declínio do Ciclo da Borracha, que teve uma sobrevida durante a 2ª guerra mundial, mas tornou a cair, até que em 1967 o governo federal implantou a Zona Franca de Manaus, como solução para a continuação do desenvolvimento regional. A cidade ganhou um novo fluxo turístico comercial muito grande e estruturas hoteleiras foram montadas para atender a essas demandas. A seguir implantou-se o Pólo Industrial de Manaus, com centenas de fábricas das maiores marcas mundiais, que constitui um dos pilares da economia local, além do Pólo Agropecuário e do processamento e da comercialização de petróleo e gás natural.

Manaus vista aérea / Foto : Chico Batata

Manaus vista aérea / Foto : Chico Batata

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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