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10 anos atrásno
Foi na década de 1940, que o médico amazonense doutor Menandro Tapajós, dedicado à cura do mal de Hansen, convidou o seu colega de Minas Gerais, doutor Antônio Aleixo, para vir a Manaus participar de um trabalho com os portadores de hanseníase de Manaus, cujo mal se agravava entre esses doentes. No início eram poucos os pacientes, mas os doentes de Paricatuba, no município de Manacapuru à época, foram transferidos para os pavilhões e em 1942 a nova comunidade cresceu e recebeu o nome de Colônia Antônio Aleixo.
Essa história é contada na segunda edição do livro “Bairros de Manaus”, do historiador Gaitano Antonaccio. De acordo com o pesquisador, com a descoberta de novos medicamentos, o tratamento passou a dar melhores condições aos doentes, mas infeliz-mente, poucas pessoas visitavam a Colônia, com medo de contrair a doença.
O bairro passou logo em seguida a ser conhecido como o Leprosário do Aleixo e por mais de 30 anos abrigava, apenas os doentes de hanseníase. Entretanto, com o tempo, alguns familiares passaram a residir com os doentes, que se integravam à comunidade e com o avanço da medicina, os perigos de contágio diminuíram acentuadamente.
“A data em que se comemora o aniversário do bairro passou a ser o dia 25 de setembro de 1942, quando o local foi assim reconhecido pela prefeitura”, informa o historiador em seu livro.
O bairro Colônia Antônio Aleixo está localizado na Zona Leste de Manaus e limita-se com o Mauazinho, Distrito Industrial da Suframa e o Lago do Aleixo, que separa o bairro do Puraquequara, abrigando população de aproximadamente 16 mil pessoas.
O comércio é intenso no local e existem, na rua Menandro Tapajós, lojas de autopeças, estivas, bebidas, gêneros alimentícios, legumes e verduras, confecções, restaurantes e lojas de conveniência. Um dos atrativos do bairro há mais de duas décadas tem sido a casa conhecida como “Panela Cheia” do comerciante Neurenilton Gonçalves. A rua Menandro Tapajós é responsável por oitenta por cento do comércio do bairro.
A igreja de São Francisco de Assis é uma das mais importantes obras do bairro. A área da Colônia Antônio Aleixo é bonita, com muito verde para se contemplar, lagos e igarapés que são visitados e fotografados por turistas e outros que os visitam por simples lazer ou curiosidade.
O nome da principal praça é Tancredo Neves, onde bem próximo está erguido o Centro Social e Educacional do Lago do Aleixo (Csela) e o Clube de Mães. O bairro está dividido em pequenas comunidades que facilitam a administração: Comunidade da Fé I, II, Onze de Maio, Nova Esperança, Colônia Antônio Aleixo, Planalto e Buritizal.
A Escola Municipal Lili Benchimol começou como uma simples creche construída no ano 2000 e em 2005 foi transformada em escola. O centro educacional mantém uma biblioteca, a evitar que estudantes precisem se deslocar ao centro de Manaus a fim de efetuarem pesquisas e estudos.
Além disso, a comunidade desenvolve alguns projetos, entre os quais estão o Ecae (Espaço Cidadão de Arte e Educação) onde os jovens estudam balé clássico, realizam oficinas de leitura, jogos, praticam informática e outras atividades.
A maternidade Chapot Prevost, da comunidade de Nova Esperança, e a Escola Estadual Manoel Antônio de Souza, em conjunto com a igreja de Nossa Senhora de Fátima, dão estrutura ao bairro.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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