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2 anos atrásno
Um homem australiano de 44 anos ficou com o pênis preso durante 12 horas em um conjunto de nove anéis, sendo o mais curto deles com apenas 1 centímetro de diâmetro. Os objetos, usados para garantir uma ereção mais prolongada ao restringir o fluxo sanguíneo no órgão, acabaram provocando um estrangulamento que quase levou à amputação.
O caso foi apresentado por alguns dos médicos que participaram de seu atendimento em um artigo publicado na Urology Case Reports em janeiro deste ano. O homem estava bêbado quando decidiu usar os anéis de aço inoxidável para manter presos o pênis e o escroto. Ele acabou dormindo durante a masturbação e quando acordou, três horas depois, já não podia removê-los.
“O estrangulamento de pênis pode levar a sérias complicações. O órgão vai inchando, muda de cor, perde o fluxo sanguíneo e aí temos o risco de necrose que pode obrigar a gente a fazer até uma amputação”, afirma o urologista Thiago Vilela Castro, do Hospital Santa Lúcia Norte, em Brasília.
O australiano chegou ao hospital com uma intensa dor e teve de ser tratado com derivados de morfina. Como os anéis que ele usou eram de aço inoxidável, não havia como cortá-los com os instrumentos disponíveis no hospital. Os médicos tiveram que chamar os bombeiros da cidade para oferecer uma serra potente o bastante.
“Muitas vezes por conta da vergonha que sentem os pacientes demoram muito a procurar o atendimento médico, o que só reduz nossas possibilidades de salvamento. Quanto mais rápido a pessoa procurar atendimento, mais chances temos de salvar o órgão sem graves consequências”, diz Castro.
No caso, os anéis foram serrados enquanto um abaixador de língua, parecido com um palito de picolé, protegia a pele para que a lâmina não o atingisse. Depois da retirada dos anéis, o homem teve que usar uma sonda durante uma semana e apresentou uma disfunção erétil por dois meses, mas não teve outras consequências futuras.
O urologista de Brasília orienta que se evite de toda forma o uso de objetos metálicos para este tipo de prática, preferindo os de silicone ou infláveis. “Além disso, há várias outras possibilidades mais saudáveis para melhorar a qualidade da ereção, de medicamentos a dispositivos que são muito seguros se usados com orientação médica”, conclui Castro.
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