Foto: Ilustrativa
Uma jovem que hoje tem 20 anos procurou a polícia em Cuiabá nessa segunda-feira (20) para denunciar uma vida inteira de estupros sofridos dentro de casa, por parte do padrasto, e com a conivência da mãe dela.
Segundo a jovem, quando ela tinha cinco anos, o padrasto começou a passar a mão no corpo dela. Sentindo-se culpada, muitas vezes ela fechava os olhos para não ver o que estava acontecendo, mas ela cresceu sendo abusada sexualmente.
Aos 12 anos, o padrasto começou a consumar a conjunção carnal. Ele sempre orientava a menina a não contar a ninguém sobre os estupros, dizendo que tudo era carinho de pai.
Os abusos sexuais aconteceram até a menina alcançar os 18 anos. Aos 15, porém, ela contou à mãe, que não lhe deu nenhum apoio. Pelo contrário, teria dito que se ela denunciasse o crime à família, elas passariam necessidade e fome e isso estragaria a vida da família. A vítima tem uma irmã, filha do padrasto, e a mãe pedia que ela pensasse na irmã.
Durante os anos em que ficou em casa, a adolescente ficou deprimida, sentia-se culpada e tentou suicídio por três vezes, sendo a primeira aos 15 anos. A mãe não permitia que ela denunciasse o crime e vigiava o celular dela.
Quando fez 18 anos, a jovem saiu de casa. Agora, ela contou o que sofreu a uma prima e, depois, aos tios. Ao saber, segundo a jovem, a mãe fez chantagem emocional, dizendo que a filha estava acabando com a vida dela e da irmã.
A jovem, então, resolveu procurar a polícia e denunciar o padrasto. O caso foi registrado como estupro de vulnerável, por motivação pedofilia, e será investigado pela Polícia Civil.
Fonte: O Livre