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5 anos atrásno
Nesta terça-feira (5), se deu início ao julgamento do Caso Lorena, a perita criminal da Polícia Civil morta em 2010 com um tiro na cabeça, na frente do filho, e tendo como acusado o então marido Milton César Freire da Silva, que havia travado uma luta corporal e alega que foi um disparo acidental. O julgamento do dentista Milton está acontecendo no Fórum Ministro Henoch Reis, na zona centro-sul da cidade. O julgamento foi adiado por cerca de três vezes, depois de quase 10 anos que o crime ocorreu.
A perita morreu em 05 de julho de 2010, no apartamento do dentista, localizado no conjunto Vila Nova, Rua Rei Arthur, no Parque 10, zona centro-sul de Manaus. À época com 11 anos, hoje o filho será uma das testemunhas contra o pai.
Após o disparo que matou Lorena, Milton fugiu do local e pediu para um vizinho reparar a criança. Dias depois, ele compareceu acompanhado de advogado à delegacia, onde confessou o crime. Em setembro de 2009, Lorena chegou a fazer um Boletim de Ocorrência (B.O), de uma das agressões que sofreu, no dia 12 de setembro de 2009, meses antes de o crime ser cometido. Além disso, recentemente foi divulgada uma carta na qual Lorena Baptista narrava toda sua dor e sofrimento de tê-lo como pai dos seus filhos. À época da carta, Lorena estava grávida.
Durante o julgamento, serão ouvidas cinco testemunhas do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), incluído o filho do ex-casal, que na época tinha 11 anos e testemunhou o crime, outras cinco pessoas também darão o depoimento em prol da defesa do dentista, além de uma testemunha do Juízo, um perito e três assistentes técnicos.
Antes de iniciar o julgamento, o irmão de Lorena Baptista, Enio Baptista, acredita que hoje a justiça será feita em prol da sua irmã e confessou indignação a uma absolvição de Milton, em primeira instância, que ocorreu em 2014.
“Foram dez anos de muito sofrimento para a família. Isso ocorreu por conta da decisão monstruosa de primeira instancia. Tão monstruosa que ela foi revogada neste próprio tribunal (Henoch Reis). A defesa quer usar isso como prova, o que não é. Isso foi um erro da justiça e que será consertada hoje com a condenação dele (Milton)”, disse.
Esperança. Assim foi definida este dia pela prima-irmã de Lorena, Mônica Baptista, que revelou que a família almeja gritar que a justiça foi feita, em nome de Lorena. “Não é possível que não enxerguem esse crime. Ela foi brutalmente assassinada com um tiro na cabeça na frente do filho, deixando ele e mais dois filhos órfãos de mãe. Nós temos esperança de que a justiça será feita hoje”, concluiu.
O outro lado
Especialista em casos polêmicos, o perito Ricardo Molina está envolvido neste julgamento como perito da defesa do dentista Milton César. De acordo com declarações dadas por Molina, “estão santificando Lorena”, coisa que para o perito, ela não é. Ricardo disse ainda que a defesa teria provas de que o disparo de arma de fogo teria sido acidental. “Ela não era essa mulher que estão santificando. Nós temos e-mails enviados por ela, que comprovam isso. Nós temos provas de que o tiro foi acidental, qualquer outra teoria é fantasiosa. Iremos mostrar isso com fatos e provas materiais, não com palavras que a acusação não tem”, completou Molina.
A advogada do dentista, Carla Luz, informou, ainda, que Milton foi surpreendido pela vítima, ao ouvir gritos do filho para entrar com a mãe na residência dele. Na hora, a perita estava com uma arma de fogo, que foi utilizada no crime, na sua cintura. “Além de portar a arma, ela (Lorena) estava com luvas cirúrgicas. Ele não abriu a porta para ela e sim para o filho que estava gritando. Ele abriu a porta, pediu para Lorena uma, duas vezes para que ela saísse, pediu para o filho e ela não atendeu, foi quando ouve um embate pela arama de fogo”, explanou Luz.
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