Memórias do Amazonas
Manaus, a Paris dos trópicos
Publicado
12 anos atrásno
Até meados do século 18, a Amazônia pertencia à Espanha, sendo rota de aventureiros e missionários da época.
Com o Tratado de Madri, a região foi cedida à Portugal em 1750. Em 1757, ela tornou-se capitania de São José do Rio Negro.
Com a Independência do Brasil, a Amazônia passou a ser parte do Pará, em 1822.
Em 1850, foi criada a província do Amazonas, tendo Manaus como capital.
No século 19, com o ciclo da borracha para a exploração do látex, a região se desenvolveu bastante e Manaus passou a ser ‘apelidada’ de Paris dos trópicos.
A palavra Manaus é em referência à tribo índigena manáos que habitava a região, e significa “mãe dos deuses”. O nome Amazonas se origina das guerreiras Amazonas da mitologia grega, pois, em 1541, o conquistador espanhol Francisco Orellana, ao navegar o rio Amazonas, que na época era chamado de Mar Doce, enfrentou uma tribo de índias guerreiras muito bravas, na região de Nhamundá, e que na verdade tratavam-se das guerreiras Icamiabas . Essas guerreiras eram conhecidas pelos seus irmãos silvícolas e pela denominação de “Icamiabas”, que significa, na linguagem indígena, “Mulheres sem Marido”.
Por isso, batizou a região de Amazonas. Sem nunca tirar o véu das lendas da região, os caboclos acreditam que um dia as guerreiras irão voltar e ainda as esperam nas margens espelhadas em noite de lua cheia
Etnias
Manaus é uma cidade marcada pelos traços culturais, políticos e econômicos herdados dos portugueses, espanhóis e franceses somados com a miscegenação dos ameríndios.
No quesito contribuição étnica, foram os ameríndios que iniciaram a ocupação humana na Amazônia e seus descendentes caboclos desenvolveram-se em contato íntimo com o meio ambiente, adaptando-se às peculiaridades regionais e oportunidades oferecidas pela floresta.
Na sua formação histórica, a demografia de Manaus é o resultado da miscigenação das três etnias básicas que compõem a população brasileira: o índio, o europeu e o negro, formando assim, os mestiços da região (caboclos) Mais tarde, com a chegada dos imigrantes, especialmente japoneses, árabes e judeus, formou-se um caldo de cultura singular, que caracteriza a população da cidade, seus valores e modo de vida. Pardos (caboclos, mulatos e cafuzos) (58%), brancos (34%), pretos (3%) , indígenas (4%) e amarelos (principalmente descendentes de japoneses) (0,1%).
Brancos
Os brancos residentes e nascidos em Manaus são, em sua maioria, descendentes de portugueses. Constituem a segunda maior etnia da cidade, representados por 34% da população manauense.
A primeira universidade brasileira
A Universidade Federal do Amazonas – UFAM é considerada a primeira universidade brasileira. Foi construída no coração do Brasil e idealizada por homens progressistas no coração da Amazônia, enfrentando todas as dificuldades oferecidas pela região.
Sua fundação foi em 17 de janeiro de 1909, o primeiro nome que recebeu foi Escola Universitária Livre de Manáos e depois passou a ser conhecida como Universidade de Manáos, durante o período de prosperidade da exploração da borracha.
Universidade Federal do Amazonas – UFAM
A história da Universidade Federal do Amazonas inicia em 17 de janeiro de 1909, quando um grupo de homens, idealistas e ousados, irmanados de um forte espírito de construção coletiva, fundou a primeira universidade brasileira, a Escola Universitária Livre de Manáos, mais tarde denominada Universidade de Manáos, no coração da Amazônia, enfrentando todas as hostilidades que o amazônida aprendeu a vencer.
Foram grandes as dificuldades pelas quais passou a Universidade de Manáos, até a sua desintegração em cursos isolados.
Maior ainda foi a determinação da sociedade amazonense de refundar a sua universidade em 12 de junho de 1962, por força da lei federal 4.069-A, de autoria do seu idealizador, o senador Arthur Virgílio Filho, sendo rebatizada com o nome de Universidade do Amazonas, e constituída pela reintegração das instituições de ensino superior isoladas que atuavam em nosso Estado. Com a Lei Federal 10.468, de junho de 2002, passou a ser denominada Universidade Federal do Amazonas.
Manaus é também o portão de entrada,para a maior reserva ecológica do planeta :A floresta amazônica. Ao redor de Manaus é possível conhecer cidades completamente diferente e com inúmeras riquezas naturais, entre as mais visitadas estão Presidente Figueiredo, Manacapuru e Novo Airão.
Manaus possui estrada para ir pro Caribe, através da BR174.
O lado B de Manaus
Manaus como todas as capitais brasileiras inicia a ficar violenta devido a corrupção. Mas não é espantoso ainda, conforme você se afaste do centro a tendência é cair em zonas mais pobres, subúrbios etc e tal. Existem as zonas mais ricas de Manaus (Centro e Sul), existem as zonas intermediárias (Oeste) e existem as zonas mais afastadas (Zona Norte e Zona Leste). Como em qualquer capital, o risco de ser assaltado é real, eu já fui assaltado duas vezes em Manaus durante o dia. Uma próximo ao Amazonas Shopping e outra próximo ao Cemitério São João Batista. Em caso de assalto, não reaja, entregue a fuleragem, não discuta e faça o B.O, denuncie, e divulgue nas redes sociais, normalmente depois de um assalto os bandidos jogam a carteira por algum lugar e alguém poderá achá-la e devolver.
No meu caso, eu só tinha 1 real na carteira, (minha passagem de volta), o cara catou meu 1 real e devolveu minha carteira… Achei até que fosse dar merda, mas não deu.
“A miséria só existe porque tem corrupção
Desemprego só aumenta porque tem corrupção
Violência só explode porque tem tanta miséria e desemprego
Porque tem tanta corrupção!” Gabriel o Pensador – Pega Ladrão
Então os conselhos que posso dar são, não vacile! não se descuide dos seus pertences e ande em companhia.
Os manauenses/manauaras são amistosos se sentirem que você não é arrogante, agora se perceberem que você é arrogante (ou no olhar, ou no falar, ou no modo de se exibir) são capazes de deixar você falando sozinho, e isso se aplica à qualquer local que você for, desde shopping até banca de revista. Isso sem dúvida é uma das nossas maiores brigas ‘internas’, porque não é apenas com turistas, é algo quase que cultural. Você pode encontrar muita gente boa para lhe atender (temos brigado muito nas redes sociais contra o mau atendimento), porém, é bem provável que você seja mal atendido.
O melhor segredo pra ser bem atendido é usar a palavra MANO. O mano, aqui, tem um poder quase ‘mágico’, e ajuda bastante, pois quando você chama alguém de ‘mano’ é como se a pessoa fosse uma pessoa próxima à você, um irmão. Então, você fale como se estivesse falando com seu irmão, não tente falar o ‘mano’ como se estivesse falando com um traficante. ‘Mano, como eu chego em tal canto?” “Quanto é que custa isso aqui, mano?” Use e abuse. Você perceberá que será bem mais fácil de se adaptar à cultura entrando na cultura local.
Se possível, procure ler também sobre o amazonês lhe ajudará a entender um pouco das expressões locais e quem sabe se sintonizar na mesma frequência do amazonense.
Sim, eu sei… você vai me dizer que isso é escroto, que não deveria ser assim, que todos deveriam ser educados, gentis, atender bem independentemente do modo que a pessoa esteja vestida… E vou lhe responder, certo certo, como não? Nas suas cidades vocês podem não perceber, mas tratam os turistas de maneira diferente, não importa o grau de desenvolvimento da cidade, isso é cultural, isso acontece de RR ao RS, você não pode achar que será tratado da mesma maneira quando você não é da mesma maneira… Isso também, não significa que você será ridicularizado…
Uma reflexão rápida. Se você for à um shopping e entrar com uma bermuda e camisa de deputado, sandálias de dedo em uma loja de jóias, você acha que a pessoa vai lhe atender bem ou vai lhe ‘desprezar’? Isso chama-se contexto.
Procure entrar no contexto.
Segue uma galeria de fotos das coisas aqui citadas, você pode acompanhar també no Flickr no nosso grupo foto enviado pela comunidade da página No Amazonas é Assim
Textos extraídos dos sites : marcus pessoa e xena melo
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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