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3 anos atrásno
Na última terça-feira (7), diversos atos de apoio ao Presidente Bolsonaro ocorreram pelo Brasil a fora. Em Manaus, milhares de pessoas participaram da manifestação reunidos na Praia da Ponta Negra. Entre os episódios negativos, registrou-se o ato contra o jornalista Luiz Henrique Almeida, atualmente na emissora Band.
De acordo com as informações do Luiz Henrique, que estava no local para cobrir as manifestações e trabalhar, tudo estava ocorrendo bem. Ele narra que tanto ele quanto o cinegrafista da emissora Lázaro Filho, haviam chego na Praia da Ponta Negra no início da tarde e acompanharam de perto o início da concentração. Famílias, pais, crianças… várias pessoas por todos os lados! Muitos foram educados e concederam entrevistas, ajudando-os a fazer o trabalho de informar.
Após passarem um tempo na rua, foram para um prédio residencial e de lá, captaram imagens e depois desceram novamente. Como no início da tarde ocorreu tudo bem, e eles imaginaram que terminaria também, mas não foi isso que ocorreu. Antes de finalizar, eles ainda precisavam gravar um boletim.
Nesse momento, várias pessoas os cercaram para aparecer na filmagem, o que de acordo com o jornalista “não há nada de errado nisso, a não ser quando ultrapassa os limites”. Mesmo diante da situação, conseguiram gravar algo rápido e aí começaram a vaiá-los, principalmente com a palavra “FORA” e “MITO”.
Quando eles foram em direção ao carro, uma senhora o abordou e disse “Grava o meu cartaz”. O jornalista então tentou explicá-la que já tinham gravado outros cartazes e que por isso, não gravaria o dela. Foi o ÁPICE para que o sobrinho dela (o senhor de óculos escuro, cabelo e barba grisalhos, camisa amarela) veio pra cima e disse que eu tinha agredido a tia dele. Agora, me pergunto, qual a lógica disso? Nenhuma! Não sou criminoso.
“Esse foi o motivo do burburinho que nos persseguiu até o carro da TV. Não só ele, a tia e várias pessoas proferindo palavras horríveis, no qual me refiro no vídeo como VERGONHA, no sentido de DECEPÇÃO.”, declarou Luiz Henrique em sua publicação.
“Pra mim, o pior foi tentar entrar no carro e várias pessoas nos arredores acompanhando aquilo e detalhe, nos deram bandeiradas, tentaram me imprensar na porta do carro… Seo Lázaro procurando apaziguar a situação… Realmente, uma situação muito triste! Triste porque isso em hipótese alguma significa um ato democrático. Briga? Pra quê?”, desabafou o jornalista.
“Fomos cobrir o que estava acontecendo, apenas. Informar para todos! Quero aqui agradecer primeiramente a DEUS, pois o DEUS que Eu sirvo foi QUEM nos deu livramento. Livramento de algo pior! Em segundo lugar, a todas as pessoas que nos ajudaram a amenizar a situação para que pudéssemos ir embora. JAMAIS, eu iria agredir uma senhora. JAMAIS! Minha mãe Aglaudir tem 61 anos de idade e nunca gostaria que ela passasse por uma agressão de verdade. Não consigo nem imaginar.
Estou com o coração muito triste com o que aconteceu. Não só como jornalista, mas como CIDADÃO de verdade. Como queremos o Brasil de amanhã?
Deus conhece meu caráter, meu coração, sabe quem sou, conhece a minha história… e esse mesmo Deus conhece cada pessoa que estava lá, aqueles que fizeram isso conosco. Por isso, eu apresento cada um a Ele em nome de Jesus.
Muito obrigado aos amigos, familiares, colegas da imprensa… todos aqueles que têm nos dado apoio. Deus abençoe a todos!”, lamentou Luiz Henrique em suas redes sociais.
O portal No Amazonas é Assim se soliradiza com o repórter agredido e a todos os profissionais de imprensa vítimas de ataque. É absolutamente inadmissível, que uma repórter, exercendo sua profissão, seja covardemente agredido por manifestantes radicais, que jamais saberão o real significado do direito de livre manifestação e da imprensa livre, um dos sustentáculos da Democracia. Não podemos silenciar aos atos que tentam cercear o livre direito à informação.
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.