No último domingo (18), o médico Diego Ferreira Santana, de 30 anos, tomou uma capacetada reimosa na cidade de Aragoiânia (GO), na região metropolitana da capital goiana, após se negar a dar um atestado de três dias.
O autor da agressão, segundo ele, foi o pai de um paciente que buscava pelo documento. Nervoso, o homem o teria agredido com golpes de capacete. O médico chegou a quebrar um osso do rosto e ficou ferido.
Tudo aconteceu dentro de um hospital municipal. Conforme o relato de Diego, o paciente de 17 anos teve uma lesão no joelho e chegou à unidade de saúde reclamando de dor no local. Após medicá-lo, o médico assinou um atestado de um dia.
Nesse momento, o pai do adolescente pediu que o atestado fosse de três dias, mas o médico informou que não seria possível. Com a medicação, o garoto conseguiu sair andando, sem dor e aparentava estar apto para trabalhar no dia seguinte.
O pai ficou insatisfeito com a negativa do atestado e começou a xingar os funcionários do hospital. Diego se aproximou para conversar com ele e levou o primeiro golpe de capacete, conforme o relato.
O médico caiu desacordado no chão e o homem partiu para cima dele. O pai do paciente deixou o hospital, em seguida, mas teria voltado de moto, mais tarde, para ficar rondando o local.
Ele só parou de agredir o médico depois que pacientes e funcionários o seguraram. Diego trabalha no mesmo local há dois anos.
O médico Diego Ferreira Santana, de 30 anos,
Posição do Conselho Regional
O Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) divulgou uma nota nesta segunda-feira (19/9) em apoio ao profissional e repudiando o ocorrido.
“O Cremego rechaça qualquer tipo de violência, se solidariza com o médico e cobra dos gestores mais segurança na unidade de saúde, pois a falta dela coloca em risco a integridade dos profissionais médicos e ameaça a assistência à população”, diz o texto da nota assinada por Paulo Roberto Cunha Vencio, presidente do Conselho.