Nesta terça e quarta-feira (11 e 12), parteiras indígenas da comunidade Belém do Solimões, no município de Tabatinga, se reuniram na 10ª oficina de troca de saberes do projeto “Redes vivas e práticas populares de saúde: conhecimento tradicional das parteiras e a educação permanente em saúde para o fortalecimento da rede de atenção à saúde da mulher no Estado do Amazonas”. Esta é a terceira oficina realizada na região devido o alto número de parteiras nas comunidades rurais e indígenas nos municípios.
Durante os dois dias de oficina, as parteiras participaram de rodas de conversas e dinâmicas trabalhadas em grupo para explorar os aspectos de atuação, localização e forma de cuidado com gestantes e recém-nascidos. Ao final das atividades as parteiras escreveram uma Carta de Demanda que será encaminhada à gestão das secretarias de saúde, Distrito Sanitária Especial de Saúde Indígena (DSEI) e maternidades.
A região do alto Solimões concentra um alto número de parteiras nas comunidades rurais e ribeirinhas. / Foto: Divulgação
O projeto, desenvolvido pelo Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/ Fiocruz Amazônia), através do Laboratório de História, Políticas e Saúde na Amazônia (LAHPSA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) e apoio financeiro do Ministério da Saúde (MS), tem o objetivo de valorizar as práticas tradicionais e populares das parteiras, por meio da pesquisa e da formação para o fortalecimento da Rede da Saúde da Mulher no Estado do Amazonas.
A partir de janeiro o projeto das parteiras retoma as atividades em outras regiões do Amazonas para avançar na pesquisa, publicações e sistematização das informações sobre as parteiras tradicionais do Amazonas, com o intuito de contribuir para a formalização e reconhecimento da categoria.