Na manhã desta sexta-feira (17), Jair Bolsonaro começou a pagar de doido fingindo novamente que não tem nada a ver com a Petrobrás e a política de preço. O Presidente em seu Twitter, parece que esqueceu que indicou Presidente da Petrobrás e a maioria no Conselho, 6 dos 11!
“O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobrás em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais”.
Ele, que foi um dos fiadores da política atual de preços da empresa, baseada na paridade com os preços internacionais do petróleo, numa lógica de lucro máximo para os acionistas, agora resolveu voltar-se contra a direção da companhia: “A Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidente, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo”
Presidente Bolsonaro indicou Presidente da Petrobrás e a maioria no Conselho, 6 dos 11!
No fim da manhã, Lira usou as redes sociais para demonstrar seu desespero com o aumento no preço dos combustíveis, que afunda ainda mais o projeto eleitoral do governo. “O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa – o Brasil – e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país”, escreveu Lira no Twitter.
Com esses novos aumentos, no governo Bolsonaro – entre janeiro de 2019 e 17 de junho de 2022 – o diesel nas refinarias subiu 203%, a gasolina, 169,1% e o GLP 119,1%, segundo dados elaborados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/seção FUP). Enquanto isso, o salário mínimo aumentou 21,4% no período.