Resumo da Matança dos Periquitos em Manaus

Como é um assunto que está a todo vapor, iremos neste artigo resumir de forma clara tudo que está acontecendo em relação a Matança dos Periquitos em Manaus. Esse post estará sendo atualizado sempre conforme as notícias veiculadas nas mídias tradicionais.
Desde 2012, os moradores cobriram as árvores com telas, para evitar as aves, com autorização da Prefeitura de Manaus.
É necessário deixar claro aos nossos leitores e amigos que somos totalmente contra esse ato de crueldade independentemente do motivo.

Periquitos mortos em Manaus

Mais de 200 periquitos-de-asa-branca, de cerca de 20 centímetros, foram encontrados mortos na quinta-feira (27 de novembro) em frente ao condomínio Ephigênio Salles,  um condomínio de alto padrão em Manaus (AM). A morte das aves, típicas da região, já provocou protestos e mobilizou as polícias Civil e Federal.

Os periquitos começaram a cair mortos na calçada e na avenida próximas ao residencial Ephigênio Salles, localizado em frente as palmeiras imperiais onde as aves costumam dormir nesta época do ano.
A mortandade está sendo investigado pela Ipaam (Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas), ligado ao governo, e é acompanhado por entidades e centenas de pessoas pelas redes sociais. Polícia Civil e até a Polícia Federal investigam o caso, na esfera criminal, e buscam imagens de câmeras de segurança na vizinhança para tentar identificar possíveis autores.
“É difícil falar sem comprovações ou dados técnicos, mas a possibilidade de envenenamento está sendo tratada”, disse Antônio Ademir Stroski, presidente do Ipaam, que solicitou ao condomínio retirada das telas das árvores em até 24 horas.
 

Manifestação Popular

No sábado (29 de novembro), um protesto em frente ao condomínio reuniu quase 300 pessoas, que encontraram mais animais mortos no local. Os manifestantes exigiam investigação sobre o caso e a retirada das telas.
O Ipaam recolheu 40 animais mortos para realizar necropsia, além de amostras da tela usada nas palmeiras, em busca de vestígios de veneno. Os resultados dos exames serão enviados para a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Os periquitos são comuns na área urbana nesta época do ano, e se alimentam de frutas. “Esse bando encontrou um conjunto de fatores favoráveis para pernoitar naquele local, como por exemplo a falta de predadores”, afirma Stroski. “Mas apenas passam a noite por lá. Quando amanhece, as aves se dispersam”, diz.
O Ipaam discute agora uma saída para evitar mais danos aos periquitos, como o manejo das aves. Em reunião no instituto, nesta segunda-feira (1°), o síndico do residencial negou que tenha havido envenenamento. A Folha tentou contato com o condomínio, sem sucesso.
Em 2012, durante a polêmica sobre a instalação das telas nas palmeiras imperiais, o condomínio alegou que a medida visava proteger as árvores, que estariam sendo destruídas pelos periquitos.
 

Instituto de Proteção Ambiental notifica Condomínio Ephigênio

 
Às 8 horas desta terça-feira (2 de dezembro) o Condomínio Ephigênio Salles foi notificado pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) a retirar as telas que cobrem as palmeiras imperiais em frente do condomínio, local de pernoite dos periquitos de asas brancas e onde foram encontrados mais de 200 mortos na última quinta-feira.
Segundo o presidente do Instituto, Antonio Ademir Stroski, a retirada das telas visa preservar a integridade física das aves. “Não dava para correr o risco de novas mortes”, explicou Stroski.
Pela manhã, o presidente recebeu oito representantes que coordenaram a manifestação realizada no sábado em frente ao condomínio e deu a notícia ao grupo da notificação expedida pelo IPAAM para a retirada das telas.
O IPAAM já fez contato com dez laboratórios sendo de instituições públicas e privadas, em Manaus e fora do Estado, e está aguardando retorno, a previsão é que ainda essa semana os resultados sejam divulgados.