Publicado
2 anos atrásno
Por
Jussara Melo
A bagagem da seleção brasileira para Copa do Mundo do Catar inclui muito mais que os uniformes, equipamentos e remédios dos jogadores tem farinha de mandioca.
O cardápio dos jogadores é tratado de forma séria, e não poderia faltar nos mantimentos para a cozinha a farinha de mandioca, tratada com todo carinho é um item essencial no Qatar.
Segundo o pernambucano Hamilton Correia, analista de logística da seleção, este será o único alimento que o time vai transportar para o país-sede da Copa. “A gente vai levar só farinha de mandioca e o Jaime [Maciel, chefe da Seleção] está estudando levar alguns temperos também, mas é basicamente mandioca.”
FSerão 30kg para serem usados pelo chefe Jaime Maciel ao longo do Mundial. A farinha de mandioca é apenas uma pequena parcela das 5,5 toneladas de bagagem que a delegação brasileira levará para a Copa. O aparato vai para a Itália amanhã (12), junto com parte da delegação que irá atuar na preparação em Turim, antes da chegada ao Qatar.
A base da alimentação não vai ser farofa, obviamente, mas é que esse elemento da culinária brasileira foi um dos poucos não garantidos pelo hotel no qual a delegação ficará hospedada, em Doha.
Nas viagens que antecederam a Copa, o setor de logística da seleção conversou com a administração do local, enviou o cardápio com antecedência e verificou quais mantimentos seriam fornecidos com facilidade no Qatar. A maioria da demanda será suprida por lá mesmo. Outros itens menores para a cozinha serão levados do Brasil, como temperos.
“Qatar é um país que importa a maioria dos produtos que consome”, cita o administrador da seleção, Hamilton Correia.
Mas a seleção não pode levar o que bem entender. As regras do Qatar impedem o transporte de bebidas alcoólicas e carne de porco. Esses dois vetos estão relacionados à doutrina do islamismo. Inclusive, Tite vai ter que pagar um preço “salgado” se quiser beber caipirinha em caso de título.
O cardápio da seleção é pensado para cinco refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. Nele não costuma haver muita carne de porco. Há opções de proteína em todos os almoços/jantares e elas abrangem frango, peixe e carne bovina.
O cardápio da seleção brasileira é montado pela médica nutróloga Andréia Picanço – a única mulher da delegação de 74 pessoas, inclusive. É preciso pensar em quem tem algum tipo de restrição alimentar. A execução fica por conta do chefe Jaime Maciel, que está na seleção desde 1995 e nas últimas convocações ganhou a companhia do auxiliar de cozinha José Aparecido.
A comissão técnica e a bagagem do Brasil vão neste sábado (12), em voo fretado, rumo a Turim, na Itália, onde a seleção fará seis dias de preparação antes de desembarcar em Doha. As instalações usadas serão hotel e CT da Juventus.
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