Em tuíte publicado em sua conta oficial na noite da segunda-feira (16), o presidente americano Donald Trump usou o termo “vírus chinês” para se referir ao novo coronavírus (COVID-19). A expressão repercutiu entre autoridades chinesas, que lamentaram a postura.
“Os Estados Unidos vão apoiar fortamente as indústrias, como aéreas e outras, que foram particularmente atingidas pelo ‘vírus chinês’. Vamos ser mais fortes do que jamais antes”, escreveu Trump em seu Twitter.
Horas depois da publicação, Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, declarou que a escolha de palavras de Trump “mancha” a relação entre Washington e Pequim.
Considerado uma pandemia — ou seja, uma efermidade amplamente disseminada em diferentes regiões do planeta — o novo coronavírus teve os primeiros registros originários na cidade chinesa de Wuhan, antes de se espalhar por outros países.
No início de março, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já havia sido recriminado por autoridades chinesas ao utilizar o termo “coronavírus de Wuhan” para se referir à doença.
“Apesar do fato de a Organização Mundial da Saúde (OMS) nomear oficialmente esse novo tipo de coronavírus, um político americano, desrespeitando a ciência, aproveitou a primeira chance para estigmatizar a China e a cidade de Wuhan. Condenamos essa prática desprezível”, disse o porta-voz Geng Shuang na época.
China e Estados Unidos acumulam tensões diplomáticas e comerciais recentes.
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Fonte: CNN Internacional