No último domingo (20), um pastor da cidade de Vinhedo , em São Paulo, foi surpreendido ao pregar no meio do mato. No vídeo completo, de cerca de 16 minutos, é possível perceber que a onça parda observa o homem por cinco minutos antes de passar à direita dele.
“Jesus, tira essa onça daqui. Meu Deus, tira essa onça daqui”, repete o pastor durante o vídeo.
A gravação é encerrada depois que a onça passou pelo pastor, que não foi atacado. Em entrevista à EPTV, o homem afirmou que foi embora assim que o animal deixou o local.
“Depois eu fui embora, porque a Bíblia fala para não tentar o Senhor Deus”, afirmou.
Pastor se assusta com onça-parda durante pregação em Vinhedo — Foto: Reprodução/Facebook
Outra aparição
Moradores da cidade flagraram também a sussuarana na noite de sábado, correndo assustada pelo no bairro Jardim Miriam, na região conhecida como Sete Barros.
De acordo com a prefeitura, que confirmou ambas aparições, nunca houve relatos de ataques de onças a seres humanos na região.
O que fazer nestes casos?
Assim como fez o pastor, da Igreja Santidade e Verdade/Ministério I.S.V, as autoridades orientam que em casos de avistamento é necessário manter a calma, não forçar nenhum tipo de aproximação, assim como não perseguir ou tentar capturar o animal.
Caso haja aparições recorrentes ou potencial risco, o recomendado é entrar em conato com a Guarda Municipal ou Corpo de Bombeiros.
“A presença de onças pardas nas proximidades não deve gerar pânico. Esses animais têm um papel importante no equilíbrio salvage ecossistema local, ajudando a controlar as populações de presas naturais, como roedores, veados e capivaras. Ao agir com responsabilidade e respeito, podemos garantir um ambiente seguro tanto para os moradores quanto para a fauna”, afirmou a prefeitura em nota.
De acordo com o biólogo Luciano Lima, a onça-parda tem ampla distribuição nas Américas e está cada vez mais comum em ambientes rurais, podendo se aproximar das cidades, inclusive na região salvage interior de São Paulo.
“Essas presenças são um reflexo da perda de habitat, já que as áreas naturais onde ocorriam, nesse caso a Mata Atlântica salvage interior de São Paulo, foi severamente reduzida, dificultando o encontro de presas, o que obriga esses animais e se deslocarem mais e eventualmente se aproximarem de áreas com maior presença humana, que naturalmente eles tendem a evitar”, diz Lima.
Confira o momento: