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Manaus, AM, domingo, 22 de dezembro de 2024

Memórias do Amazonas

3 Casos marcantes de Assassinato em Série em Manaus

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A Crítica, 08 de outubro de 1953. Foto: Reprodução / Durango Duarte

Muitas histórias de horror embalam a história da Cidade de Manaus. Manaus sempre produziu mentes diabólicas e não apenas de hoje. Nessa publicação, relembramos três casos antigos de Assassinato em Série em  Manaus que mostram seriais killers em ação. Os casos são dos anos 50, 60 , 70 e até mais recente, como o caso dos irmãos Damascena, em 2013 e 2014.

O primeiro caso dessa nossa série é das mortes em série ocorrida na Joaquim Sarmento…

Mortes na Joaquim Sarmento

Nas décadas de 1950 e 1960, por exemplo, a cidade de Manaus foi aterrorizada por uma série de assassinatos que tinham sempre como denominador comum a presença de um personagem: o comerciante cearense José Osterne de Figueiredo.

O primeiro caso foi a morte do biscateiro Anacleto Gama, ocorrido em 1953, seguido pelo assassinato do merceeiro Antônio Dias, em 1954, e finalizando com o estrangulamento do engraxate Walderglace Grangeiro, de 13 anos de idade, em 1968.

Todos apresentavam características idênticas ao modus operandi do assassino, que tinha características de sadismo e agressões sexuais, o que levou a se acreditar que existia, de fato, um assassino em série na cidade.

 A Crítica, 08 de outubro de 1953. Foto: Reprodução / Durango Duarte


A Crítica, 08 de outubro de 1953. Foto: Reprodução / Durango Duarte

Mão Branca

Em 1980, o Brasil teve suas atenções voltadas para uma série de assassinatos que aconteceram na cidade de Campina Grande, interior da Paraíba. Estima-se que, entre janeiro e junho daquele anos, 59 pessoas foram mortas e todas possuíam um detalhe em comum: elas tinham marcas parecidas na forma como foram mortas, uma espécie de “marca registrada”.

Tudo começou com o assassinato de Carlos Roberto Alves, um conhecido marginal da época, e continuaram ao longo dos meses. Em geral, as vítimas eram pequenos delinquentes locais que já haviam sido presos e detentos que desapareciam misteriosamente das celas ou ainda ex-presidiários que já haviam cumprido pena.

As marcas deixadas nos cadáveres tinham um padrão: os corpos eram crivados de balas de diversos calibres, com sinais evidentes de tortura, abandonados em locais desertos pela cidade. Cada qual apresentando particularidades que indicavam certo caráter simbólico ou alegórico no ritual que envolvia o ato de matar.

Por exemplo, os que haviam sido ladrões eram encontrados com as mãos mutiladas e os que tinham fama de falastrões ou delatores com tiros na boca. De acordo com os relatos, as vítimas eram somente pessoas que tinham algum envolvimento criminal. O autor se declarava defensor de órfãos, viúvas e inocentes e não acreditava que estava fazendo crime, mas justiça.

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Em Manaus, o “justiceiro” encaminhou uma carta para um dos principais jornais da época, Jornal A Notícia, que publicou em 16 de março de 1980 uma manchete que informava a chegada do Mão Branca.

De acordo com a notícia, Mão Branca teria encaminhado uma carta informando que chegaria à cidade no mês de abril, para se vingar dos crimes que aconteceram. Segundo a carta, ‘Mão Branca’ era uma organização de justiceiros que estariam investigando durante três meses algumas mortes que ocorreram na cidade e foram acobertadas pela polícia.

Uma lista com 77 suspeitos foi criada pela organização, que os “marcou para morrer”. A matéria também noticiava que Mão Branca havia telefonado pessoalmente à redação do jornal para informar a sua transferência para Manaus.

Em 17 de abril de 1980, o mesmo jornal publicou em sua manchete o relato de uma mala encontrada com o símbolo do justiceiro dentro de um carro na porta de um hotel. Dentro da mala havia várias armas de diferentes calibres.

Foto: Reprodução / Instituto Durango Duarte

Foto: Reprodução / Instituto Durango Duarte

Irmãos Damascena

E não para por aí. Em 2014, dois irmãos foram presos acusados de seduzir e assassinar 10 homens, todos homossexuais, no ano de 2013. Jucenildo Soares Damascena, de 18 anos, e Ricardo Damascena Cunha, de 19 anos, foram presos em cumprimento a um mandado de prisão pela morte de um estudante de jornalismo, Steve Host da Costa Barros, 36 anos, assassinado no dia 29 de novembro de 2013, na Zona Leste de Manaus.

Durante a apresentação à imprensa, na Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), os irmãos contaram como assassinaram Steve Host e também falaram sobre os outros crimes. “Matei ele porque me prometeu dinheiro e não me deu. Não me arrependo. Morreu, morreu. É menos um gay”, disse Ricardo Damasceno à época.

As investigações foram iniciadas em novembro de 2013, após a morte do estudante de jornalismo. O caso aconteceu quando Ricardo, segundo as declarações, considerado pelas autoridades como “um maníaco”, conheceu o rapaz em um bar e 20 dias depois o assassinou e roubou com a ajuda do irmão mais novo.

Além do universitário, outras vítimas foram confirmadas: Henrique Júnior Rabelo Maio, 31 anos, encontrado morto em um hotel na rua Floriano Peixoto, no Centro de Manaus, no dia 18 de novembro de 2013; Carlos Macambira da Silva, 41 anos, achado morto em um sítio, no bairro Santa Etelvina, Zona Norte; e o industriário Jucinei José de Araújo Barbosa, 46 anos, morto na residência dele, no bairro Nova Cidade, também na Zona Norte, no dia 16 de dezembro de 2013.

O estudante de jornalismo Steve Host da Costa Barros, 36 anos, assassinado no dia 29 de novembro de 2013. Foto: Divulgação

O estudante de jornalismo Steve Host da Costa Barros, 36 anos, assassinado no dia 29 de novembro de 2013. Foto: Divulgação

Com informações do Portal Amazônia

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Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.

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