O presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou a situação enfrentada por cidades baianas e mineiras em consequência das chuvas às medidas restritivas estabelecidas por governadores e prefeitos em virtude da Covid-19, a declaração foi dada durante coletiva de imprensa após o sobrevoo nas áreas atingidas pelas fortes chuvas, em Bahia e Minas Gerais. De acordo com Bolsonaro a catástrofe natural é tão grave quanto ao isolamento social (Lockdowns).
Bolsonaro iguala tragédia na Bahia ao isolamento social por conta da Covid-19 – Imagem: Divulgação
A comparação inusitada foi feita por Bolsonaro após ele responder a uma perguntar sobre as ações do governo para ajudar as famílias atingidas pelo desastre natural, que deixou sem residência, pelo menos, 3 mil famílias.
Bolsonaro aproveitou a ocasião para atacar desafetos políticos e as medidas de proteção contra Covid-19: “Também tivemos uma catástrofe no ano passado, quando muitos governadores, pessoal da Bahia fechou todo o comércio e obrigou o povo a ficar em casa. O povo, em grande parte, informais condenados a morrer de fome dentro de casa”.
O presidente seguiu falando sobre a pandemia: “O governo federal atendeu a todos com o Auxílio Emergencial, que, na verdade, chegou a 68 milhões de pessoas em um primeiro momento, gastando quase R$ 50 bilhões por mês. O governo é sensível a esse problema, a gente pede a colaboração de todos para que se supere esse, problemas e também não destruamos a economia em nome de seja lá o que for, apesar de respeitarmos e entendermos a gravidade que esse vírus aí tem proporcionado ao Brasil”.
Os municípios de Itamaraju, Prado, Jucuruçu, Teixeira de Freitas, Porto Seguro, Itacaré e Canavieiras foram algumas das regiões mais atingidas pelos fortes temporais, que já duram mais de 48 horas. Em Minas Gerais, as cidades afetadas ficam nos vales dos rios Jequitinhonha e Mucuri.
Jair Bolsonaro sobrevoou a região atingida apático. O presidente estava acompanhado pelos ministros da Cidadania, João Roma; do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho; da Saúde, Marcelo Queiroga e o do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno.