A Polícia Civil do Amazonas, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e Adolescente, prendeu, na quarta-feira (25/10), Danielle da Silva Neves, 20, pela morte e tortura do próprio sobrinho, uma criança de 2 anos. A prisão ocorreu no bairro Nossa Senhora das Graças, zona centro-sul de Manaus.
Conforme a delegada Joyce Coelho, titular da Depca, na manhã desta quinta-feira (26/10), foi feita uma acareação no sistema prisional entre os dois envolvidos no crime, a fim de concluir o Inquérito Policial. Ao ficarem frente a frente, os infratores imputaram a culpa um ao outro.
Ainda segundo a delegada, inicialmente, foi solicitada a prisão temporária de ambos os envolvidos, entretanto, apenas a do indivíduo foi deferida pelo Poder Judiciário. Então, no dia 9 de outubro ele foi preso pelos policiais civis da Depca.
De acordo com a titular, finalizando o prazo das prisões temporárias, o procedimento será entregue ao Ministério Público do Amazonas (MPAM) a fim de que seja analisado, e os criminosos sejam responsabilizados pelo ato criminoso.
Joyce contou que a infratora admitiu, em depoimento, que as marcas de unha – encontradas na vítima – seriam dela, momento em que ela agarrou no pescoço da vítima na tentativa de esganá-lo. Mas ela direciona a culpa das agressões que vitimou o do próprio sobrinho ao companheiro.
Já o companheiro dela, segundo a delegada, desde o primeiro momento, negou qualquer tipo de agressão e imputa a culpa à mulher. Ele teria alegado que constantemente via marcas e hematomas na criança, mas não teria presenciado nenhuma das agressões e sabia que a responsável seria a tia.
Ainda de acordo com a titular, mesmo sofrendo com as agressões constantes, em nenhum momento a criança foi levada para atendimento médico. Ao serem questionados, os infratores confirmaram a informação e disseram que um dos motivos, teria sido o fato da vítima não ter documentos.
A delegada reforçou que é importante que terceiros denunciem casos de tortura envolvendo crianças, pois se trata de um público vulnerável que não consegue verbalizar sozinho o que está acontecendo.
Imagem: Divulgação
Entenda o caso:
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