Um caso chocante foi divulgado essa semana no Urology Case Reports na última segunda-feira (31). Em um caso extremamente raro, uma mulher de 30 anos ao invés de formar pedras nos rins, acabou formando as pedras na vagina!
Os médicos encontraram duas “pedras” dentro da vagina da mulher de 30 anos que não teve o nome divulgado. Normalmente, esses cálculos são formados nos rins —quadro popularmente conhecido como “pedras nos rins”— ou na vesícula.
O relato de caso foi publicado no periódico Urology Case Reports nesta segunda-feira (31) e, de acordo com os pesquisadores, o diagnóstico de “cálculo vaginal” é difícil, pois costuma ser um quadro clínico silencioso, com sintomas inespecíficos.
No caso da paciente, ela relatava dificuldade para engravidar, escape de urina, menstruação irregular, além de cólicas no período menstrual desde os 13 anos. “Essas queixas não eram incômodas, por isso, a paciente não procurou tratamento. Ela também tinha histórico de um acidente de trânsito com ruptura de bexiga, e foi operada aos cinco anos de idade”, escreveram no artigo.
Na parte de baixo da imagem, é possível ver as pedras na região da vagina
Imagem: Reprodução/Urology Case Reports
Após realizar uma tomografia computadorizada, as imagens mostraram dois cálculos “gigantes”, com tamanhos de 3,6 cm x 5 cm e 5 cm x 5,8 cm. Uma das pedras estava presa à parede da bexiga, já a outra ficou localizada na parede do reto.
De acordo com o artigo, isso pode ter ocorrido por uma fístula (orifício) na região que faz a comunicação entre vagina e uretra ou por uma obstrução na abertura do órgão. Ambas situações favorecem o acúmulo de urina nesses locais, levando à formação de cálculo.
Na cirurgia, os médicos encontraram as duas pedras com aparências de “sólidas e lisas”. Após a remoção, a paciente não apresentou mais sintomas, mesmo após 6 meses do procedimento.
Segundo os autores do artigo, outros casos de cálculos vaginais foram estudados anteriormente, mas nenhum relatou a queixa de uma mulher com problemas para engravidar. Por isso, é importante que os médicos fiquem atentos aos sinais.