No último final de semana, uma arara-canindé recebeu um transplante de bico, durante cirurgia com duração de 1h30, no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). A ave estava gravemente ferida e foi resgatada pela Polícia Militar Ambiental (PMA).
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A ave estava na região urbana de Campo Grande. Segundo o veterinário Lucas Cazati, que coordenou a equipe de cirurgia, o animal é uma possível vítima de atropelamento e foi encaminhado ao CRAS em 28 de fevereiro. “Ela chegou com muito sangramento e desde a sua entrada no CRAS, até a cirurgia, o trabalho se concentrou em tirá-la da situação de risco. Realizamos todo um procedimento terapêutico, submetemos a exames de raios-x e ultrassom, o que nos permitiu um diagnóstico favorável à cirurgia”, explicou.
Neste caso, ouve um transplante de uma espécie para outra. “Nós já havíamos realizado pequenas cirurgias de reparo em casco de jabuti, mas o procedimento na arara foi mais complexo. Utilizamos um bico de animal já falecido, que foi recortado, ajustado com resina de dentista e fixado com parafusos ortopédicos, de forma que a arara fique bem e consiga se alimentar”, disse Cazati.
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Toda a cirurgia foi acompanhada por sete profissionais, entre médicos veterinários, biólogos e zootecnistas. Ela ainda está em observação. “É um período que exige cuidados, mas nosso prognóstico é de que em até 2 meses ela poderá ter condições de voltar à natureza”, acrescentou o veterinário.