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2 anos atrásno
Uma das primeiras coisas que a gente aprende na infância quando chove, é correr para cobrir os espelhos com toalhas pois segundo os mais antigos, o espelho atrai raios, mas será que é verdade? Por sempre ter cobrido os espelhos e nunca ter quisto pagar o preço, comigo, pelo menos, nunca caiu raio em casa. Outra coisa é abrigar debaixo de árvore. Nunca sabemos o certo, pois para uns atrai raios, para outros protege, na dúvida, a gente não fica.
O achismo se propaga e assim os conhecimentos populares são transmitidos por gerações. Só que hoje, precismaos de uma análise mais profissional. Então, falams com especialistas do Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Veja abaixo os mitos e algumas curiosidades sobre o fenômeno!
Não. A crença surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – elas, sim, um grande atrativo para os raios. Não há necessidade de cobrir espelhos durante uma tempestade.
Segundo o ELAT, também é mentira. Uma prova disso é o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, que recebe cerca de seis raios por ano.
Outra crença, muito difundida na Europa Medieval, dizia que o badalar dos sinos das igrejas durante as tempestades afastaria os raios. A superstição perdurou por muito tempo. Muitos campanários de igreja foram atingidos e mais de uma centena de tocadores de sino foram mortos acreditando em tal ideia. A superstição perde força somente no início do século XVIII.
Acreditava-se que havia árvores que atraíam raios, enquanto outras as repeliam. O grande deus romano, Júpiter, tinha como símbolo o carvalho, árvore alta e majestosa, constantemente atingida por raios.
Por outro lado, acreditava-se no poder de proteção do loureiro, arbusto também encontrado na região do Mediterrâneo, cujos ramos e folhagens eram utilizados sobre a cabeça de imperadores e generais romanos.
O loureiro era considerado um meio de proteção contra a ira dos deuses da tempestade que, presumia-se, invejavam os generais pelas vitórias e conquistas de seus exércitos.
Outra crença popular considerava a pedra-de-raio um talismã para proteção pessoal e de residências entre povos europeus, asiáticos e americanos. No nordeste brasileiro, a pedra-de-raio é conhecida até hoje como pedra-de-corisco, por influência dos portugueses do século XVI.
A pedra seria trazida pelo raio, cuja força meteórica a enterraria. A origem de tal superstição está baseada na falsa ideia de que um local não pode ser atingido duas vezes pelo mesmo raio, mas a explicação para a origem destas ideias pode estar relacionada com achados de utensílios e armas de pedra polida de povos mais antigos.
Sabe-se que os etruscos e, mais tarde, os romanos da antiguidade usavam a pedra (pontas de flechas e de martelos) em colares como amuleto. Ficavam à mostra no pescoço, mas também eram colocadas nas casas e no telhado com o intuito de ficar a salvo dos raios.
Na Bahia, os escravos africanos acreditavam que a pedra-santa-bárbara, como chamavam a pedra-de-raio, desprendia-se da atmosfera durante as tempestades. Ela teria poderes curativos e por isso era utilizada em preparos de remédios para diversas doenças.
Há mais de cinco mil anos, os babilônicos acreditavam que o deus Adad carregava um bumerangue em uma de suas mãos. O objeto lançado provocava o trovão. Na outra mão, empunhava uma lança. Quando arremessada produzia os raios.
Para os antigos gregos, os raios eram lanças produzidas pelos gigantes Ciclopes, criaturas de um olho só. Elas eram feitas para que Zeus, o rei dos deuses, as atirasse sobre os homens pecadores e arrogantes. Como a mitologia grega foi migrada e adaptada à romana, a interpretação dada aos raios não sofreu muita alteração entre os romanos.
O rei dos deuses, Júpiter, também tinha o hábito, como Zeus, de enviar raios (lanças) sobre os homens. Minerva, a deusa da sabedoria, no lugar de Ciclopes, era quem abastecia Júpiter com esta poderosa arma.
Entre os nórdicos, que viviam no norte da Europa, Thor era o deus do trovão e dos raios. O som do trovão era provocado pelo movimento das rodas de sua carruagem e os raios podiam ser vistos quando Thor arremessava seu martelo.
Na cartilha de proteção contra raios, o ELAT destaca que eles podem acontecer pouco antes da chuva começar ou no estágio final da tempestade.
Portanto, é importante buscar abrigo tão logo veja nuvens carregadas no céu ou escute um trovão, que sinalizam o início da tempestade.
Outra orientação é evitar sair para lugares abertos, ou entrar na água de mar, rio ou piscina imediatamente após a chuva.
Clique aqui para fazer downloa da cartilha de proteção contra raios
Sou o idealizador do No Amazonas é Assim e um apaixonado pela nossa terra. Gravo vídeos sobre cultura, comunicação digital, turismo e empreendedorismo além de políticas públicas.
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